Roma é uma das cidades mais visitadas do mundo. Cerca de seis milhões de turistas passam pela capital da Itália todos os anos, segundo a última pesquisa do Euromonitor International. Pessoalmente, acredito que ninguém deveria morrer sem conhecer a cidade eterna.
Mas como isso, infelizmente, não é possível, vários diretores e cineastas fizeram de Roma cenário e personagem de muitos filmes. De Fellini às gêmeas Olsen, para ser bastante eclética, é possível conhecer vários locais históricos, belos, movimentados, enfim, romanos, por meio dos filmes que se passam em Roma.
Assim, a visita à Roma, pessoalmente ou por meio de uma tela, fica garantida a todos.
La Bocca della Verità – Roman Holiday, William Wyler, 1953
A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday) é meu filme favorito em Roma. A história é uma clássica comédia romântica de uma princesa que foge de seus compromissos e ganha um dia de folga na cidade, acompanhada de um jornalista (Gregory Peck) e um fotógrafo disfarçados.
O filme garantiu o Oscar de Melhor Atriz a Audrey Hepburn, que ganhou um papel supostamente feito para Elizabeth Taylor. De Roma, é possível conhecer boa parte dos monumentos, afinal, a cidade também é personagem do filme.
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Uma das sequências mais famosas foi rodada na Bocca della Verità. Localizada no pórtico da igreja de Santa Maria de Cosmedin, na parte da Roma Antiga, o monumento supostamente é do século 1. A lenda diz que a boca é um detector de mentiras. Caso você seja um mentiroso, terá sua mão mordida e arrancada pela escultura. Bem, ninguém temeu tanto isso quanto a Princesa Ann. Não há como deixar de ir ao local e garantir para todos que você é muito sincero. Ou não…
Veja também: As lendas e mitos de Roma
Fontana de Trevi – La Dolce Vita, Federico Fellini, 1960
A mais famosa, mais bonita e mais lotada fonte de Roma. A Fontana de Trevi impressiona de dia e de noite e também está sempre impressionantemente cheia de turistas disputando espaço para tirar fotos e jogar sua moeda da sorte. Porém, se você for mais ousado, como Sylvia Rank e Marcello Mastroianni, pode se aventurar e tentar tomar um banho sob os olhares do Deus Netuno.
O filme é La Dolce Vita, de Fellini. A história também fala de um jornalista de celebridades, mas é bem menos leve. Ele passa por dramas existenciais ao mesmo tempo em que se envolve constantemente com o mundo glamoroso sobre o qual escreve.
Caso algum dia encontre a Fontana vazia – ou quem sabe com uma atriz bonitona se refrescando – sugiro o mergulho. Se não, jogar a moedinha já é um bom programa.
Vaticano – Anjos e Demônios, Ron Howard, 2009
O Vaticano é o menor estado do mundo e tem o maior número de polêmicas por metro quadrado. Pelo menos é o que sugere Anjos e Demônios, filme inspirado no romance homônimo de Dan Brown e estrelado por Tom Hanks, no papel do simbologista Robert Langdon.
Por isso, o filme é sem dúvida uma boa oportunidade para ver parte das atrações della Città del Vaticano e seus arredores. O Castelo de Sant’Angelo, a Praça e a Basílica de São Pedro, o museu do Vaticano e a Capela Sistina. Está tudo ali para ser conhecido, acompanhado por Langdon/Hanks, claro.
Além disso, um outro tour bem menos conhecido é citado no filme. A necrópole que fica localizada abaixo da Basílica (e onde supostamente se encontra a tumba de São Pedro) existe! E o melhor: pode ser visitada. Basta agendar a visita com muita antecedência. O tour, inclusive, é feito com um guia que fala sua língua e é bem mais amigável do que a visita que o personagem de Anjos e Demônios faz ao local, garanto.
Piazza Navona – The Talented Mr. Ripley, Antony Minghella, 1999
Mesmo quando Matt Damon interpreta um psicopata que faz de tudo para não ter que abandonar a vida de milionário na Itália ele é um bom cicerone para algumas das mais bonitas Piazzas da cidade.
Na Piazza Navona é possível encontrar, além da embaixada do Brasil, três belas fontes, uma feira de artes e um monte de restaurantes charmosos. Ripley costuma passar por ali enquanto finge ser um jovem rico (interpretado por Jude Law). Em frente à fonte central, o personagem de Damon afirma para Cate Blanchett que nunca se sentiu melhor. Pudera, em Roma, é difícil passar por tempo ruim.
Trastevere – The Bicycle Thieves, Vittorio de Sica, 1948
Para chegar ao Trastevere é preciso cruzar o rio Tibre (ou Tevere, em italiano). A região é a mais boêmia da cidade, cheia de ruelas e casas medievais. Hoje em dia badalada, a região de Trastevere pode ser conhecida de forma um pouco mais sombria no filme Ladrões de Bicicletas.
A história é de um homem que consegue um emprego de colador de cartazes que exigia uma bicicleta. Ele penhora sua casa para conseguir o transporte, mas é roubado. A trama se passa pelas ruas de Trastevere, enquanto Antônio e seu filho Bruno saem em busca da bicicleta perdida.
A região de Trastevere empresta seu encanto ao filme emotivo e melancólico. Além disso, caso a visita por lá ultrapasse as telas, sugiro um bom vinho e, porque não, pedalar pelas ruelas do lado de lá do rio Tibre.
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Sylvia Rank é o nome da personagem de Anita Ekberg que se banhou na Fontana di Trevi em La Dolce Vita de Fellini