A primeira coisa que comentei ao chegar em McLeod Ganj foi que parecia que estávamos em outra parte da Ásia. A confusão ali não tem tantos ares de Índia e a comida vendida nos restaurantes é preparada com outros temperos e ingredientes. Até as pessoas na rua eram diferentes: em vez da pele morena e dos cabelos negros dos indianos, cabeças raspadas e olhos puxados espreitavam por toda parte. Os saris coloridos foram substituídos por longas túnicas vermelhas, vez ou outra acompanhadas por faixas douradas.
Eu pouco sabia da história do Tibet antes de chegar ali. De vez em quando, uma notícia ou outra sobre o Dalai Lama e tensões na China apareciam nos sites de notícias que leio diariamente, mas nunca passou disso.
Como vocês podem imaginar, a história é antiga e longa. No entanto, vou contar uma versão bem resumida: Em 1950, a China invadiu o Tibet. Os monges tentaram resistir e um monte de gente morreu, mosteiros foram queimados e muitas aldeias destruídas, mas o exército de Mao Tsé Tung conseguiu dominar totalmente a região.
Nove anos mais tarde, o 14º Dalai Lama fugiu para a Índia seguido por cerca de 100 mil tibetanos. Os refugiados estabeleceram, em McLeod Ganj, a capital do governo no exílio. Enquanto isso, aqueles que não conseguiram acompanhar, ficaram sob domínio chinês e foram oprimidos pela Revolução Cultural. Mais de 6 mil mosteiros foram fechados e mais monges morreram lutando contra a ocupação.
Essa história se estende desde então e, nos dias de hoje, a China continua a oprimir cultural e religiosamente o povo do Tibet, que adota a política da não-agressão. Como forma de protesto e numa tentativa desesperada de chamar atenção da comunidade internacional, muitos colocam fogo no próprio corpo.
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Em 1995, a China sequestrou o 11º Panchen Lama, o segundo na hierarquia do povo tibetano. O garoto, que na época tinha apenas seis anos, nunca mais foi visto.
Segundo a tradição do povo tibetano, é o Dalai Lama quem reconhece o Panchen Lama e vice-versa. O governo chinês aponta uma outra pessoa como Panchen Lama e isto é visto como uma tentativa de controle no reconhecimento do próximo Dalai Lama e sem dúvida um desrespeito aos costumes e religião do povo do Tibet.
Diversas petições virtuais que buscam chamar a atenção dos principais líderes mundiais para a situação do Tibet está disponível na internet. Já para quem planeja passar uns tempos aqui na Índia, o governo tibetano no exílio disponibiliza várias oportunidades de voluntariado. Turistas também podem ajudar comprando artesanato e souvernirs produzidos pelo povo tibetano.
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