Você acabou de chegar em uma cidade depois de uma viagem de trem que virou a noite. Com sono e cheio de malas, combina o preço com um motorista para te levar ao hotel. Ao chegar ao destino, o motorista quer te cobrar por pessoa o valor que foi combinado pelo carro. Você questiona. Ele fica extremamente irritado e ameaça chamar a polícia se você não pagar. Isso aconteceu com a gente, na chegada a Chiang Mai, cidade no norte da Tailândia.
Poucos dias antes, a Luíza passeava pelas ruas de Hong Kong procurando uma lente de câmera para levar para o pai dela. Entrou em uma loja, que tinha um letreiro da Cannon de todo tamanho, e achou o preço bom. Muito bom. Bom até demais. Depois de conversar com o vendedor e ver a lente do mostruário, ela resolveu levar.
Eles já estavam preparando a máquina do cartão quando ela pediu que trouxessem do estoque o produto que ela ia levar para casa. Demora. Quinze minutos depois eles aparecem dizendo que se enganaram e não tinham a lente em estoque. Ela disse que iria embora e voltaria outro dia. Encucada com a história, comecei a pesquisar golpes na internet. Foi batata: depois de pagar muito barato por uma lente de marca excelente, eles iriam alegar que não tinham o produto e a obrigariam a levar uma marca genérica para casa. E não tem polícia que resolva o assunto.
Não tem jeito, turista é um alvo piscante e com gliter em qualquer lugar do mundo. Não importa o país que você esteja, sempre vai ter um pilantra tentando se aproveitar dos turistas desavisados. A gente separou alguns desses golpes para você ficar de olho.
1. O golpe do brinde
Esse golpe é irritante, mas já está mais que batido. Uma pessoa chega e te oferece um brinde. Pode ser um panfleto, um broche, uma fitinha do Senhor do Bonfim, comida de pombo ou qualquer outra coisa baratinha. “É de graça, pode pegar”. É um presente, é pra divulgar alguma causa. Mal você está com o brinde na mão, o discurso já muda e eles começam a pedir uma contribuição. “Não tô vendendo, tô pedindo uma contribuição”. “Pode ser a quantia que você quiser”. Você acaba de sentindo constrangido com a situação e abrindo a carteira.
Nos Estados Unidos, pode acontecer de uma pessoa que diz ser músico querer te dar o CD dele. Assim, de graça. Mas no momento que você coloca a mão no objeto, um valor começa a ser cobrado. Já algumas pessoas começam a conversar com você e, sem você entender bem o porquê, amarram uma pulseira ou fitinha no seu braço e começam a pedir dinheiro. Se você se recusa a pagar, elas começam a armar um escândalo dizendo que você não quer pagar por um produto ou serviço prestado.
2. Doações falsas

Uma variante desse golpe quase pegou a gente em Paris. Perto da Torre Eiffel, ficam umas mulheres andando com uma prancheta. Eles abordam você dizendo que estão colhendo assinaturas a favor de uma causa qualquer. Quando você assina o tal abaixo-assinado, elas exigem uma doação. O Rafa chegou assinar, depois de uma insistência enorme, mas se negou a dar dinheiro. E ainda teve que ouvir: “Mas você assinou a lista, agora vai ter que pagar”. E parece que essa tática também rola em outras cidades da Europa. Por isso, fique esperto.
Algo semelhante pode acontecer nas proximidades de templos, igrejas e lugares sagrados. Em Varanasi, na Índia, ao chegarmos nas proximidades das fogueiras onde os corpos são cremados, um homem que clamava pertencer a uma organização religiosa começou a falar com a gente.
A gente tentava se afastar, mas ele nos seguia, dando explicações não solicitadas sobre o lugar. O motivo da nossa fuga era simples: já sabíamos que no final ele ia tentar tirar dinheiro da gente. Tiro e queda. Fomos embora antes que ele tivesse a chance de insistir demais.

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3. Produtos falsos
Lembra do nosso caso em Hong Kong? Pois ele não acontece só por lá. Tentaram fazer algo parecido com a gente no Paraguai, quando pesquisávamos os preços de uma GoPro. Mas isso pode acontecer em Buenos Aires, Nova York ou em qualquer lugar. E isso é especialmente comum de acontecer com quem gosta de comprar joias. Fique atento. Confira sempre o produto antes de comprar e desconfie se a barganha for espetacular demais.

4. Atração ou hotel fechado
Na Índia rolava o tempo inteiro, mas parece que a coisa é universal. Você pedia para o motorista de tuk-tuk te levar até o hotel de sua preferência e ele vinha com um papinho de que o lugar era ruim ou estava fechado. Na verdade, a intenção dele era te levar a um outro hotel que daria comissão a ele pelos clientes que conseguisse. Em alguns casos, você acaba pagando uma tarifa maior que a praticada oficialmente para cobrir a tal comissão.
Uma variação desse golpe é o motorista ou alguma pessoa na rua te dizer que a atração turística que você pretende visitar está fechada. Aí você já sabe, vai parar em um lugar nada a ver que beneficia o motorista ou suposto bom samaritano que te informou do lugar fechado. Esse golpe é muito comum de acontecer no Palácio Real de Bangkok. Tentaram com a gente, mas já estávamos vacinados.

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5. Batedor de carteira

Esse é clássico e um velho conhecido, mas pode aparecer em versões criativas ao redor do mundo. Em Buenos Aires, por exemplo, já ouvi falar de gente que “acidentalmente” derruba alguma coisa em você e, enquanto você tenta se limpar, alguém vem e tira o que você tiver nos bolsos.
Quando estávamos no meio de um desfile de ano novo em Cape Town, duas pessoas começaram a andar bem devagar na nossa frente, obstruindo o caminho. Eu, que tenho um passo rápido e um tantinho de impaciência, sempre passava na frente deles, mas de uma forma ou de outra eles sempre conseguiam voltar a entrar no nosso caminho. Alguns minutos depois, pimba, uma pessoa enfiou a mão no bolso do Rafa. Por sorte, ele foi mais rápido e agarrou a mão do cara, que fugiu correndo. Milagrosamente os empata-caminho desapareceram depois disso.
Em Vina del Mar é muito chato ser abordado por aquelas mulheres que pedem dinheiro. Quando eu neguei, uma delas ainda insistiu dizendo que iria ler minha mãe. Depois me xingou quando disse que não queria. Não é golpe, mas é bem desnecessário porque só fazem com turistas.
Em Granada, Espanha, mais exatamente na saida da sua maior atração, Alhambra, fomos abordados por uma mulher com uns raminhos de algum arbusto na mão que nos fez algumas perguntas tipo de onde nos eramos e em seguida fez varias “previsões”e orações, inclusive que iriamos ter um bebe (tenho 55 e minha mulher 46). Em seguida vem o golpe, propina. Disse que não e sai andando e ela nos rogou uma praga. Madei ela a m… e segui meu caminho. Depois disso vimos outras mulheres com a mesma abordagem em outros lugares.
Passei por esses golpes no hotel que me hospedei em Gramado RS. Primeiro pedi para ligar para uma sequência de fondue que eu já tinha visto na internet e no hotel convenceram eu e minha mãe que aquela sequência de fondue era ruim, resultado, paguei R$25,00 a mais por pessoa.
Depois me ofereceram um passeio de maria fumaça e falei que já tinha comprado na internet, só faltaram me chamar de burro e falar que eu paguei caro, mas no final das contas meu passeio foi mais barato e levava a mais lugares do que o oferecido pelo hotel.
Se não falar o nome do hotel, pouco irá contribuir para denunciar os picaretas. Pois em Gramado deve ter mais 100 hoteis.
Alameda Paradiso
A pior cidade que passei, no quesito “encheção de saco” foi La Havana, em Cuba. Aliás, Cuba foi tenso! Chegamos em La Habana e já havíamos combinado táxi de nos pegar por 30 CUC’s. No caminho, o cara só foi nos mostrando um pouco na cidade e quando chegamos na casa particular e demos o valor combinado, ele teve a cara de pau de perguntar se não daríamos a “propina”, pois ele havia falado tudo da cidade. Lá se foram mais 10 CUC’s. Tb há o golpe do “cubano simpático”. Vc está andando e do nada surge uma pessoa pedindo fogo (marido fumante). Aí perguntam de onde vc é, respondemos que somos do Brasil e automaticamente já começam a falar de novela e futebol (e eu amo os 2 #sqn). Já te falam de um “ótimo restaurante”, que na vdd é uma porcaria (no caso foi o “la famiglia”) e querem te levar nas cooperativas de tabaco (tudo falso), que surpreendentemente estão em promoção.
Galera, com um doleira você pode evitar muitos desses problemas. Ande com uma doleira e apenas alguns trocados (moedas) no bolso.
Feche a cara, e em caso de muita insistência, comece você a gritar “Police, police”, o cara sai da cola rapidinho (Funcionou pra mim em salvador, no golpe das fitinhas “grátis”!!
Eu cai na do CD, em Barcelona, este ano, estava “turistando” na cidade medieval, na rua Carrier Del Bisbe, ao lado da catedral de Barcelona, paguei dez euros para ficar em paz… As vezes você esta distraído, no meu caso fotografando, quando percebe, já tem alguém exigindo grana do seu lado.
Além da prancha para assinar, em Paris, esbarram em você e um anel cai. Juram que é seu. Mesmo falando que não é, insistem tanto que você acaba dando um euro para ficar livre. Minha tática é fechar a cara, apertar o passo e disparar um no no no para tudo! Funciona!!!
Esse golpe em Paris, eu caí. Só que não foi apenas ser obrigada a doar, as meninas tentaram bater minha carteira, e quase levam o dinheiro do dia de passeio, mas fui safa e estava segurando a carteira bem firme, quando sentir puxar, comecei a gritar bem alto, e outros vendedores de perto chamaram a polícia. Resumindo as meninas evaporaram e eu perdi apenas 10 euros, mas fiquei irritadíssima, nunca fui roubada no Brasil e me “roubaram” em Paris. ¬¬’
Em Cuzco, já caí no golpe da fitinha… Eles jão colocando na roupa da gente em seguida vem a cobrança da propina… Vc da 1 soles pra eles e eles acham pouco. Foi constrangedor, mas dei mais pra me livrar dessa encrenca.
Em Cuzco ele tem “pos-doutorado” em exploração de turistas… hehehehe
Acho que poderiam comentar sobre o golpe do ingresso aos parques com desconto que é oferecido em Orlando. Isso ocorre em stands nos principais shoppings como Florida Mall, Milenia mall em hotéis e até dentro da própria Universal, basta você parar para pedir alguma informação e essas pessoas uniformizadas ne fazem a oferta. Se não ficar esperto você acaba entrando numa tremenda fria. Começam oferecendo o desconto, depois um café da manhã num Resort e depois querem te vender 7 dias de férias por ano de forma vitalícia. Um dos Resorts se chama Westgate, mas tem outros grupos.