etnocentrismo e 

relativismo cultural

O etnocentrismo e o relativismo cultural são duas formas diferentes de olhar para outra cultura.  Imagine que você está em uma sociedade com hábitos, costumes que você não compartilha ou entende bem.

Você se pergunta: como eles podem viver assim? Ou pensa que o que eles fazem é errado e que são ultrapassados. Quando utilizamos nossa própria cultura como régua para medir as outras, é etnocentrismo.

É a noção que grupos que compartilham mesmos hábitos e caráter social e que ocupam uma posição de poder ou privilégio criam seres mais desenvolvidos e civilizados que outros.

etnocentrismo

O etnocentrismo pode ocorrer dentro de uma mesma sociedade, como quando a elite julga gostos estéticos e culturais de camadas populares, por não considerem tão sofisticados e dignos quanto os seus.

Ao contrário do racismo, que se utiliza de critérios supostamente biológicos e pseudocientíficos, etnocentrismo é pautado na desvalorização das manifestações culturais e sociais de diferentes povos.

Esse pensamento já foi usado para justificar a dominação povos e é a base de filosofias ultranacionalistas, coloniais e imperialistas. Como se o outro precisasse da iluminação de uma cultura superior.

relativismo cultural

É o método utilizado por antropólogos para entender os costumes de outros grupos ou povos e consiste em buscar entender e interpretar costumes dentro de seu próprio contexto.

civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização”.

Franz Uri Boas, um dos formuladores do Relativismo Cultural”

As culturas têm sistemas de crenças e regras que só podem ser entendidas a partir daquela cultura. Relativizar é aceitar que há grupos com valores diferentes sem que isso represente inferioridade.

Principais ideias do relativismo cultural: – Não há hierarquia cultural – Todo traço cultural só tem sentido se analisado no contexto em que está inserido – Nenhuma cultura é absoluta e universal