A história começa no final do verão de 1665, quando o alfaiate de Eyam, uma aldeia em meio ao Peak District na Inglaterra, recebeu um baú com um tecido vindo de Londres... mal sabia ele que a peste negra assolava a cidade.
O assistente, estendeu a peça ao ar livre para se livrar do mal cheiro e das pulgas. Em questão de dias, o assistente morreu. E duas semanas depois, os filhos e seu vizinho, além do próprio alfaiate.
TempleName
Era preciso bolar um plano para conter a peste e evitar que se espalhasse. E quem teve a ideia foi o recém chegado reitor da igreja: ele propôs que a cidade se fechasse numa quarentena. Ninguém entrava, ninguém saía.
“A igreja foi fechada para evitar aglomerações entre os habitantes. As missas eram realizadas num campo aberto, com as diferentes famílias afastadas uma das outras. Engraçado como nessa época eles conseguiram pensar nisso”, me contou meu guia
Eyam permaneceu em quarentena até Novembro de 1666. Nos 14 meses em que a peste assolou a aldeia, 260 pessoas morreram, ou seja, um terço da população local. Uma taxa de mortalidade maior que a de Londres.
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Hoje, dá para visitar onde era a casa do finado alfaiate. Em frente à entrada dessa e de diversas outras casas em Eyam, ainda de pé mais de 350 anos depois, fica uma placa contando quem vivia ali, quem morreu e quem sobreviveu.