Da Macedônia do Norte a ESwatini, conheça a história deles
Sob protestos violentos da população, o governo grego ratificou, em 2019, o acordo que autorizava a vizinha República da Macedônia, a mudar seu nome para Macedônia do Norte.
Criada com o fim da Iugoslávia, o país levava o nome de uma região da Grécia associada às conquistas de Alexandre, o Grande. Para eles, era uma tentativa de se apropriar da herança histórica grega.
A Grécia impediu a entrada da Macedônia na ONU até que ela aceitasse ser chamada de FYROM, um acrônimo para “Antiga República Iugoslava da Macedônia”.
Para se livrar dos bloqueios, o país passou a se chamar Macedônia do Norte. Mas a medida desagradou a população grega, para quem há um aspecto identitário ligado ao nome.
Em setembro de 2018, o pequeno reino da Suazilândia, localizada entre África do Sul e Moçambique, passou a se chamar ESwatini.
A mudança foi em comemoração aos 50 anos de independência, que era um protetorado britânico, e é um abandono do passado colonial. No siswati, a língua local, ESwatini significa “terra dos suazi”.
Vários países africanos livraram-se do nome colonial. A Rodésia virou Zimbábue. A Rodésia do Norte, Zâmbia. A Namíbia era o “Sudoeste Africano”. Burkina Faso aboliu a denominação “Alto Volta”.
Congo já foi Estado Livre do Congo, Congo Belga, Congo Leopoldville, República do Congo e Zaire. Hoje, vigora o nome de República Democrática do Congo, para não confundir com a República do Congo.
Em 2016, a República Tcheca pediu que fosse chamada de Tchéquia, para unificar a forma como o país era chamado. É que, internamente, os habitantes já se referem à pátria como “Češko”.
A mudança não foi oficial – é apenas uma recomendação de como gostariam de ser chamados. Segundo eles, República Tcheca é um nome grande e pouco simpático.
Para a mudança oficial, é preciso enviar a nova grafia nas 6 línguas oficiais da ONU e ser registrado no banco de Nomes Geográficos Mundiais. Depois, a ordem alfabética das cadeiras é ajustada.