Há 10 dias instalados em Buenos Aires, podemos dizer que já criamos uma espécie de rotina na cidade. Vivemos em um hostel com outros intercambistas da AIESEC, além de viajantes, estudantes e pessoas de todos os tipos. É interessante morar em um lugar em que você toma café da manhã com alguém de uma nacionalidade diferente a cada dia, enquanto come medialunas com muito dulce de leche.
Na primeira semana, trabalhávamos pela manhã e à tarde saíamos para um passeio. Conhecemos os principais pontos da cidade dessa forma: Plaza de Mayo e a Casa Rosada, Puerto Madero, Teatro Colón, Caminito, Recoleta, Congresso e as ruazinhas e construções charmosas do centro. Nosso trabalho voluntário não havia começado, por isso tínhamos tempo para explorar. E nos encantamos com a cidade, com o clima de inverno e também com as pessoas.
Mesmo com a rivalidade acirrada no pós-copa, ainda recebemos sorrisos e ajuda gentil de estranhos ao dizer que somos brasileiros. Foi o taxista que nos trouxe do aeroporto que nos deu dicas para evitar roubos e assaltos, o filho da dona do quiosque que nos ajudou a ativar um chip de telefone local e não deixou que comprássemos uma quantidade de créditos absurda, o moço da banca de jornal que nos informou o melhor lugar para abastecer nosso cartão do transporte público.
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Por aqui, a derrota na Copa ainda é sentida. Acho que o 1 a 0 deles foi mais doloroso que os nossos 7. E algumas pessoas ainda cantam a musiquinha irritante do “Decime que se siente”. O barbeiro da esquina faz contagem regressiva para a Copa da Rússia. São 1420 dias de espera para que ter a chance de ver a Argentina levantar a taça outra vez, ele diz. E emenda dizendo que, já que o Rafa está aprendendo espanhol, também deveria aprender português. Não o de Portugal, mas o do Brasil, que é falado por mais gente. Até hoje não sabemos se ele estava tirando onda com a cara do Rafa ou pensou que ele era europeu mesmo.
Ainda não tivemos muita sorte com a comida, admito. Eles capricham nos doces, pizza e massas, é verdade, mas como ganhar peso não está entre os meus objetivos nessa viagem, ainda estou em busca de um lugar bom e barato para almoçar. Achei tudo gorduroso e sem tempero. Na janta, cozinhamos no hostel, mas preferimos comer fora no almoço. Ontem encontramos um self service na Avenida de Mayo que vai dar para o gasto, mesmo que tenha padrões de higiene um pouco abaixo do desejado (se alguém tiver uma dica para mim, por favor, deixe nos comentários!)
Mesmo com a inflação, o custo de vida aqui ainda é muito inferior ao das metrópoles brasileiras, ainda mais se você compra pesos no câmbio paralelo. Gastamos em média USD 20 por dia e por pessoa, excluindo a hospedagem, mas sem fazer aquela economia de contar as moedinhas que já fizemos em outras viagens. Com alimentação e outras despesas essenciais (leia-se: Quilmes, vinhos argentinos, etc) gasta-se muito pouco por aqui. Talvez para compras, essa não seja mais aquela Argentina de antigamente, mas para ser sincera não andei muito a ver vitrines nesses dias. A Feira de San Telmo me pareceu uma opção interessante para investir em roupas e acessórios, mas não cheguei a pesquisar preços nessa primeira visita.
Aos poucos, vamos contando aqui no blog tudo sobre essa experiência em Buenos Aires: a vida na cidade, o trabalho voluntário e todas as dicas de turismo que você já está acostumado a ver por aqui.
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Boa noite, vou para Córdoba na arg em novembro no projeto Ubuntu, você tem dicas de grupos para eu já ir treinando meu espanhol??
Abraços ❤
Olá Cláudia, não conheço nenhum grupo, infelizmente…