Viajar pode ser mais barato do que você pensa. E não, você não precisa dormir em quartos coletivos de albergues ou almoçar pão com salame todos os dias. Existem muitas maneiras de economizar seu rico dinheirinho sem abrir mão de conforto. Durante nossa viagem de volta ao mundo, aprendemos muitas coisas sobre esticar o orçamento de uma viagem. Quer viajar gastando pouco? Então veja as dicas abaixo.
1. Economize no café da manhã
No Brasil, é comum que os hotéis e pousadas incluam o café da manhã no preço da diária. Se esse for o caso, aproveite! Poucas coisas são melhores que os cafés das pousadas brasileiras. No entanto, no exterior essa prática não é tão comum e, muitas vezes, guest houses com café incluído podem adicionar alguns dólares extras à conta. Quando o seu hotel não incluir o desjejum, aproveite para economizar comprando comida em supermercados – tipo biscoito, pão e suco – ao invés de ir a padarias e lanchonetes. Em alguns lugares, como a Índia, comprando comida no mercado nós gastávamos um décimo do que gastaríamos tomando café em restaurantes.
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2. Coma fora no almoço
Cozinhar ou comprar comida no supermercado, como eu disse acima, são ótimas formas de economizar. No entanto, conhecer comidas locais é uma das coisas mais legais em uma viagem e muita gente não quer abrir mão disso, com toda razão. Uma boa ideia para tentar equilibrar os gastos com comida é cozinhar no jantar e comer fora na hora do almoço. Os motivos são vários: como o almoço é no meio do dia, você não precisa voltar ao hotel para comer. Além disso, diversos países oferecem opções de almoço executivo, o que torna sua refeição muito mais barata. Em Madri, pagamos apenas 7,50 euros por uma paella com salmão, suco e sobremesa. Pedir esses pratos fora do menu teria resultado em uma conta muito mais alta.
3. Faça um piquenique
Na Europa as cidades são lindíssimas e possuem diversos parques e praças. Então, por que não aproveitar o espaço urbano para fazer um delicioso piquenique em algum lugar bonito? Compre algumas coisas no supermercado e aproveite a luz do dia! Essa era a nossa estratégia na França. Saudades dos fins de tarde comendo baguete e bebendo vinho em frente ao Rio Sena.
4. Aprenda a falar a lingua local
Não precisa se tornar fluente em dialetos africanos, mas saber algumas frases básicas do idioma local pode ser útil na hora de economizar. Na Ásia, por exemplo, saber os números e algumas expressões é de grande ajuda para vencer a barganha. Abordar vendedores falando a língua local pode te livrar dos “preços para turista”. Em qualquer lugar do mundo, as pessoas tendem a simpatizar com estrangeiros que se esforçam para se comunicar no idioma local. E isso faz diferença, especialmente em lugares onde a população não fala inglês, você pode conversar com os nativos para tentar descobrir hotéis e restaurantes que não são muito visados por turistas ou até mesmo ser convidado para uma refeição.
5. Utilize milhas e pontos do seu cartão de crédito
Ainda não inventaram um jeito de comprar passagem de avião por tão pouco. Comece a acumular e utilize suas milhas de viagem. A gente explica como nesse post aqui.
Foto: Rodrigo Denúbila, Creative Commons
6. Tome cuidado com taxas de banco e de conversão
Uma das partes mais complicadas de planejar uma viagem é encontrar a melhor forma de levar seu dinheiro. Como as taxas cobradas variam de banco para banco, de cartão para cartão, o melhor é procurar o seu gerente e ficar por dentro de todas as regras para saque internacional. Se o seu banco cobrar taxa de saque, compensa mais sacar grandes quantidades de cada vez e abusar da função débito. Os travel cards (VTMs) são opções práticas, mas que possuem um câmbio muito desfavorável. Eu pessoalmente só recomendo se você for para um país cuja moeda é a mesma do seu cartão. Carregar um VTM em dólar e viajar para a África do Sul, por exemplo, significa que você vai perder dinheiro na conversão entre dólar e rand a cada vez que usar o cartão.
Leia mais: Como levar dinheiro para o exterior
Por fim, a maioria dos caixas eletrônicos que eu encontrei mundo afora cobrava também uma taxa de saque, o que significa que você paga a taxa do seu cartão + a taxa do caixa eletrônico. Procure algum caixa que não cobre pelo saque e economize uns bons dólares. Nós chegamos à conclusão de que caixas pertencentes a bancos são mais prováveis de não cobrar pelo saque que caixas genéricos (como os caixas 24 horas no Brasil).
7. Quer viajar gastando pouco de verdade? Então planeje-se
Definir seus passos com antecedência reduz o custo da viagem de forma inacreditável. A começar das passagens aéreas, que aumentam de preço conforme a data do voo se aproxima. Planejando de antemão, você pode monitorar os sites das companhias aéreas por um tempo até encontrar as melhores tarifas. Veja nossas dicas para planejar uma viagem independente.
8. Escolha destinos baratos para viajar
As vezes, as pessoas ficam tão focadas em visitar os destinos mais badalados, como Estados Unidos e Europa ocidental, que se esquecem que essa é só uma pequena parcela cara do mundo e que tem muito mais o que se ver por aí (não me levem a mal, eu amei a Europa e os EUA devem ser minha próxima parada). Lugares como o Leste europeu, a Ásia, a África e a América Latina possuem, na maioria das vezes, moedas desvalorizadas com relação ao Real e um custo de vida bem mais barato. Em Bali, por exemplo, pagamos apenas R$7 por pessoa para ficar em um chalé com piscina e wi-fi. Inacreditável, não é? E nós ainda estávamos a uma distância andável de praias maravilhosas. É verdade que as passagens para esses lugares podem ser mais caras, mas se você seguir o item acima pode conseguir excelentes tarifas.
No Brasil, fuja das praias badaladas e prefira aquelas que ainda não possuem forte exploração turística. Muitas vezes elas estão a poucos quilômetros dos destinos mais famosos. Veja também: viajar pode te deixar milionário.
9. Faça trabalho voluntário
Eu sou uma grande entusiasta do volunturismo. Apesar de algumas ONGs cobrarem por sua participação nos projetos (o dinheiro normalmente vai para a sua manutenção no local e para ajudar o projeto do qual você participa), é possível achar instituições que te aceitam de graça e ainda oferecem hospedagem. Assim você ajuda alguém, economiza na hospedagem e faz uma verdadeira imersão na vida da comunidade. Outra forma de economizar na hospedagem é através do Couchsurfing. E veja também como foi minha experiência de trabalho voluntário na África do Sul.
Leia mais: Saiba como escolher uma instituição para fazer trabalho voluntário no exterior
10. Não seja um colecionador de pontos turísticos
Você não precisa ver todos os museus, templos, parques, zoológicos, prédios e exposições só porque eles estão listados no seu guia. Escolha os melhores, vá com calma, aprecie o lugar e tenha em mente que muitas coisas são absolutamente desnecessárias. Você vai economizar dezenas de dinheiros se conseguir entender isso (demorou um pouco no nosso caso).
11. Visite atrações gratuitas
Cidades grandes ao redor do mundo estão cheias de atrações gratuitas, basta saber encontrá-las. Procure em sites locais, recolha panfletos turísticos, esteja atento a tudo que pode ser legal sem te tirar um tostão. Praças, parques e alguns museus são ótimos exemplos. Em Hong Kong, os museus não cobram entrada na quarta-feira, por isso reservamos esse dia para conhecer os mais caros. Utilize esse tipo de informação a seu favor.
12. Não gaste com besteira
De dólar em dólar, você economiza um montão. Repare quais dos seus gastos são supérfluos e sempre pense duas vezes antes de comprar alguma coisa. Essa para mim é a dica mais valiosa de todas.
Veja também: Viaje mais, gaste menos em compras
13. Faça uma carteira de estudante internacional
Se você ainda estiver na escola, faculdade ou pós-graduação, vai conseguir desconto em um monte de estabelecimentos por aí. Se você não é mais estudante, mas tem menos de 26 anos, ainda pode fazer a carteira da juventude. Ela não é tão útil como a de estudante, mas ainda assim é de grande ajuda em países que oferecem descontos para jovens em passagens de trens e entradas de museus.
14. Procure hotéis no local
Sites de reserva como o Booking e o Hostelbookers são uma mão na roda na hora de encontrar hospedagem, mas nada substitui o bater de pernas. A maior parte dos hotéis baratos ainda não estão na internet, infelizmente. Na Índia, nós pedíamos para o motorista do tuk-tuk largar a gente na parte mais turística da cidade e começávamos a bater de hotel em hotel em busca da melhor tarifa. Conseguimos preços inacreditáveis por hotéis razoáveis, mas só tínhamos coragem de fazer isso porque estávamos bastante familiarizados com o país e porque tínhamos tempo para perder por lá. Se esse não é seu caso, eu tenho um truque: quando você for ficar muito tempo em algum lugar, reserve apenas um ou dois dias pela internet e utilize esse tempo para encontrar acomodações mais baratas. Foi assim que encontramos o maravilhoso chalé de R$7 em Bali que eu citei lá em cima.
15. Viaje em baixa temporada
Tudo é mais barato: da comida e hospedagem à passagem aérea. Em alguns lugares, viajar em baixa temporada pode fazer você economizar até 50%. Pode ser que o clima não seja o mais adequado, mas na maioria das vezes o incomodo vai ser mínimo. No nordeste brasileiro, por exemplo, basta viajar fora do período de férias escolares para notar a diferença.
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Gostaria de saber se sobrevivo só com pizza e McDonalds 15 dias na Itália estou achando tudo caro principalmente veneza.
Abcs
Ei Ricardo, sobreviver você sobrevive, mas olha: passei 20 dias na Itália e só comia bem. Por lá é muito barato, é possível achar refeições completas por menos de 10 euros, vinho e queijos baratíssimos. Mcdolnalds lá não vale a pena, definitivamente. Já a Pizza é a coisa mais barata que você vai achar. Em Veneza, lugar onde o bolso apertou, comia um pedaço enorme por 1,50 euros. Abraços!
EStou amando este site…minha viagem de volta ao mundo está prestes a sair da imaginação e vontade, falta data e planejamento. Gostaria que vc escrevesse (pois ainda não achei) sobre o que vcs realmente levaram na mochila, tipo itens básicos, como fizeram com remedios (tipo anticonscepcinais), quantas roupas? sapatos, sandalias, tenis, sapatilhas…aff…mulher é muito cheio de coisas….e não quero carregar nada desnecessário.
Muito obrigada pela importante leitura! Parabéns!
Ei Carol! É isso mesmo, sonhos só viram realidade quando a gente age pra torná-los reais! Eu escrevi um post sobre a mala da volta ao mundo e o que eu aprendi sobre bagagm durante a viagem: https://www.360meridianos.com/2013/03/como-arrumar-a-mala-de-uma-viagem-de-volta-ao-mundo.html
Todos os nossos posts sobre a volta ao mundo estão compilados nesse link: https://www.360meridianos.com/organizar-viagem-volta-mundo
Volte sempre! =)
Adorei o post 🙂
Vocês lembram o nome desse lugar maravilhoso onde ficaram em Bali?
Beijos
Muito bom o site! Estou amando! Principalmente porque trabalho em um ONG que realiza trabalhos voluntários ao redor do mundo (a AIESEC, parceira de vocês) em Aracaju – SE. Vou utilizar aqui para os intercambistas que estão planejando a própria viagem.
Parabéns!!
Ei Priscila! Que bom que você gostou! Obrigada por nos indicar para os intercambistas aí de Aracaju! =) Espero que eles achem as informações que postamos aqui úteis! Abraços!
Natália,
Parabéns pelo post. Maravilhoso todas as dicas. Para quem não tem frescura e quer conhecer o mundo sendo parte integrante de cada região, tem que ser assim mesmo.
Obrigada por dividir conosco todas as experiencias.
Vou encarar minha primeira viagem longa, distante e como mochileira sozinha.
Já estou me munindo de todas as informações possíveis.
Um grande beijo no seu coração e parabéns a equipe. 🙂
Olá Cláudia!
Quando viajamos, escolhemos economizar em algumas coisas para aproveitar melhor outras e hoje não me arrependo de nada, até sinto falta da época em que eu vivia de forma mais simples! Fico feliz que minhas dicas tenha ajudado! Tenho certeza de que sua viagem será inesquecível.
Abraços e volte sempre!
Muito relevante as dicas do seu post. Não somente para quem vai viajar com pouca grana, mas também é um tipo de educação econômica para viajantes de carteirinha. Valeu pelas dicas, e continuem nesse sentido de sempre ajudar. Abraço.
Ei Nonato! Obrigada pelo comentário! Fico feliz de saber que as dicas foram úteis! Volte sempre 😉
Estou amando os posts de vocês. Comecei esse ano um blog, mas já sou mochileira há alguns anos. Incrível, mas parece que vocês leem meus pensamentos quando escrevem. Fazem as mesmas coisas que eu, pensam igual. Parabéns pelo texto maravilhoso. Espero que um dia, meu blog seja tão bom quanto esse.
Ei Claudia, que legal! Obrigada pelos elogios, deixa a gente muito feliz! Sucesso no seu novo blog! Que a gente possa trocar muitas experiências nessa blogosfera viajante! Abraços!