Este texto é um guia completo de aluguel de carro na Itália, com dicas e valores atualizados em 2020. Aqui você vai saber quais documentos são necessários, quais as melhores locadoras europeias, como funcionam os pedágios, os postos de gasolina e o que fazer em caso de multas. Ainda, traremos dicas de roteiros, GPS e cuidados básicos.
Está pronto para circular pela Velha Bota? Leia o guia, passo a passo, ou use o menu abaixo para ir diretamente para o assunto de seu interesse.
Como saber se preciso alugar um carro na Itália?
A não ser que seu principal objetivo seja fazer uma road trip à moda italiana, nem sempre o carro vai valer a pena – é preciso analisar caso a caso. Não vale a pena alugar um carro para circular pelas grandes cidades, como Roma e Milão, onde é perfeitamente possível andar de transporte público e o trânsito e as dificuldades de achar estacionamento são impeditivos. Também não vale a pena alugar um veículo para circular por cidades médias, como Florença, Bolonha e, óbvio, Veneza – lá só se você alugar uma gôndola, né?
Veneza
Vale dizer ainda que o trânsito de veículos nos centros históricos de cidades italianas costuma ser permitido apenas para moradores, então seu veículo alugado não vai chegar perto das atrações turísticas mais importantes. Violar essa regra rende multas – e sempre altas.
Além disso, na Itália o sistema de transporte entre cidades é eficiente, rápido e relativamente barato, com ampla ligação de trens, inclusive de alta velocidade. Vai de Roma pra Milão? De Veneza pra Florença? De Florença pra Bolonha? Pode anotar: nesses casos a forma mais prática de deslocamento é de trem. As duas empresas ferroviárias italianas são a Trenitalia e a Italo, que costuma ter veículos mais rápidos, modernos e bilhetes um pouco mais baratos.
Seu único cuidado é reservar os lugares em trens interestaduais com dois a três meses de antecedência. É que os preços das passagens são flutuantes, da mesma forma que os bilhetes de avião. Deixe para última hora e você vai pagar até três vezes o valor inicial. Já os trens regionais, entre cidades próximas e dentro do mesmo estado, têm preços fixos e podem ser comprados na hora. Esse é o caso dos trens entre Florença e Pisa e Bolonha e Modena, por exemplo.
Você também pode tentar descobrir se há ônibus ou linhas alternativas de trens disponíveis. Um bom jeito de verificar isso é em sites como o Omio, (antiga GoEuro) que é um buscador entre ônibus, trens e voos na Europa.
Por fim, você sempre pode tentar ver se a rota que quer fazer aparece em sites de carona coletiva, como o Blablacar.
Positano, na Costa Amalfitana
Feita essa pesquisa, já dá para saber se vale a pena alugar um carro ou não, dependendo da disponibilidade de transporte público, do preço e tempo de viagem. Em geral, é melhor fazer grandes deslocamentos de trem, visitar cidades médias e grandes a pé e de transporte público. Alugar um carro vale a partir dessas cidades para seguir até outras menores, em que as ferrovias não chegam.
Por isso, não estranhe se numa viagem de 30 dias pela Itália você alugar um carro duas ou três vezes, em momentos diferentes das férias. Você pode chegar na Costa Amalfitana de trem e lá alugar um veículo por cinco dias; depois seguir de trem para Florença, passar uns dias a pé e depois alugar um carro novamente para conhecer o interior da Toscana. A próxima parada é Veneza? Vá de trem, circule a pé pelas ilhas e alugue novamente um carro para ir até cidades pequenas ao redor ou mesmo para dar um pulinho na Eslovênia.
Quais as melhores locadoras de carro da Itália?
Beleza, você já decidiu por alugar um carro em um ou outro momento de sua viagem na Itália. O passo seguinte é decidir qual locadora escolher. Há dezenas de empresas na Europa, sendo que algumas das mais conhecidas são:
- Europcar
- Alamo
- Enterprise
- Sixt
- Avis
- Hertz
Dessas, a equipe do 360meridianos já testou a Sixt, em Florença, a Hertz, em Matera, e a Enterprise, em Veneza. As três experiências foram tranquilas, com veículos em bom estado, preços razoáveis e bom atendimento. Destaques para as experiências com a Sixt, que foi excelente, e com a Hertz, que no Brasil é uma marca ligada à Localiza, maior empresa brasileira no ramo.
Como funciona o aluguel de carro na Itália?
A dica número um para alugar um carro na Europa é pesquisar e pré-reservar pela internet, porque sempre sai mais barato. Para isso, usamos um comparador de locadoras, a Rent Cars. Você insere o local de retirada do veículo, as suas datas e horários e o site vai te fornecer os preços e modelos de veículos disponíveis nas principais empresas que atuam naquele local.
Lembre-se que você aluga um carro de determinada categoria, então o modelo que você escolher pode não ser exatamente o que estará disponível na hora da retirada.
A reserva é paga ao comparador, que é uma empresa brasileira, por isso a cobrança é em reais e sem IOF. É possível parcelar o pagamento em até 12 vezes sem juros. Chegue no balcão da locadora com vinte minutos de antecedência, apresente a reserva, seus documentos e pronto.
A reserva já estará paga, mas é comum que as locadoras europeias te ofereçam, de forma meio agressiva até, seguros adicionais. Falaremos disso no tópico a seguir.
Seguro no aluguel do carro na Itália: qual fazer?
Em geral, o valor indicado nas agências e sites, mesmo os das próprias locadoras, inclui apenas um seguro muito básico e você tem que pagar uma quantia a mais se quiser uma cobertura ampla ou total. Aqui entra uma diferença em relação ao funcionamento de locadoras no Brasil: as empresas europeias são extremamente insistentes na tentativa de convencer o cliente a contratar o seguro.
Saiba que você não é obrigado a nada e pode sair com o carro sem gastar sequer um euro a mais, mas entenda exatamente qual é o valor da franquia e quais as suas responsabilidades no contrato. Se no Brasil a franquia do seguro de um carro popular gira em torno de 500 a 700 reais, na Europa pode ser de até dois mil euros – e sim, é necessário passar o valor da franquia no cartão de crédito, antes da retirada do carro, em forma de caução.
Há quem seja convencido em adquirir um seguro completo só por conta disso, já que o cartão de crédito pode estar tomado com os gastos da viagem e sem limite, mesmo que momentaneamente, para um valor tão alto. Independente disso, indicamos que você amplie sim o seguro no balcão da locadora, mesmo que você seja um bom motorista e tenha limite no cartão. Por exemplo, se alguém bater no seu carro, mesmo que não seja sua culpa, você tem que pagar a franquia (aconteceu com um casal de amigos nossos)
Ao fazer sua reserva e se impressionar com valores de diárias muito baixos, mesmo em relação ao Brasil, saia do hotel já sabendo que haverá um aumento por conta dos seguros. Às vezes o gasto com o aluguel dobra por conta disso.
Dirigir em outro país, com regras e costumes de trânsito diferentes, isso para não mencionar as placas em outro idioma e com outros símbolos, é um desafio. Fora que nunca dá para garantir que o motorista na faixa ao lado é tão prudente quanto você, né?
Paestum, no sul da Itália
Quais documentos são necessários para alugar um carro na Itália?
Você precisa de quatro documentos, que serão cobrados pelas locadoras e podem ser pedidos pela polícia, caso você seja parado no trânsito:
- CNH brasileira, válida e em bom estado de conservação
- Passaporte
- Cartão de crédito no nome do motorista e com limite suficiente para passar o caução. Pode até ser possível dividir o valor em mais de um cartão, mas em geral as empresas não aceitam cartões de outras pessoas, mesmo que elas estejam no veículo. A forma de solucionar isso é pagando o seguro completo, que elimina o caução.
- PID, a Permissão Internacional para Dirigir. Você vai ler em vários lugares que a PID não é necessária na Itália – a própria equipe do 360meridianos já alugou um veículo e dirigiu pela Itália sem esse documento. Mas o fato é que a permissão internacional é sim exigida de brasileiros, pela lei italiana. Mesmo que não seja pedida na locadora, pode ser solicitada pela polícia. A PID vale por três anos, tem preço diferente de estado para estado e é emitida pelos Detrans e alguns outros órgãos, como o Automóvel Clube. E atenção: Portar a PID não dispensa você de estar também com a CNH.
Veja também: Como tirar a carteira de motorista internacional (a PID)
Leis e multas de trânsito na Itália
Não há muitas diferenças na legislação de trânsito italiana em relação ao Brasil, mas mesmo assim são comuns os relatos de viajantes multados – e com valores altos – durante viagens pelo país. Em geral, as multas de trânsito mais comuns são:
- Excesso de velocidade – Respeite os limites que estão indicados nas rodovias e tenha bom senso. E não se deixe enganar pela velocidade dos carros ao seu redor, que frequentemente estão acima do limite permitido. A diferença é que, como no Brasil, os motoristas italianos costumam saber exatamente a localização dos radares. Você não.
- Evasão de pedágio – A típica infração que o motorista comete sem querer. Ao contrário de outros países europeus, o pedágio precisa ser pago ainda na rodovia. Por isso, não entre na pista/guichê do Telepass, que é apenas para motoristas/carros locais e cadastrados, que não precisam parar e pagam depois. Fique atento, porque a maioria das faixas é para o Telepass e você pode precisar procurar com atenção para ver qual a fila certa para você.
- Circular por ruas de trânsito limitado – Em geral, são as zonas nos centros históricos das cidades. E que, em pequenas cidades italianas, muitas vezes envolvem todo o município: nesses casos é necessário parar o carro do lado de fora e seguir a pé. Viu outro veículo seguindo em frente? Não significa que você possa fazer o mesmo, já que pode ser um morador da cidade (que de fato pode dirigir ali) ou outro turista confuso.
Florença, na Toscana
O 360meridianos infelizmente entende de multas na Itália. Sim, no plural, por circular em zonas de trânsito limitado. Com a palavra a Luiza Antunes, co-autora aqui do blog e que já passou por isso:
Cerca de três meses depois que já tinha voltado de viagem, chegou no meu email um aviso da locadora informando que havia chegado uma multa de trânsito. Eles encaminharam a notificação das autoridades italianas escaneada e o aviso que deveríamos esperar que uma correspondência chegasse pelo correio para que efetuássemos o pagamento. A notificação, em italiano, indicava o motivo da tal multa: havíamos circulado numa rua de trânsito limitado em Matera. O pior, isso tinha acontecido três vezes, numa diferença de poucos minutos.
A verdade é que estávamos seguindo o caminho que o GPS nos levou e não tinha nenhuma placa na rua indicando claramente que não deveríamos trafegar por ali, mas também não tínhamos qualquer chance de recorrer. Pesquisando na internet, descobrimos centenas de pessoas que receberam a mesma multa: muitas deles em cidades históricas, como Florença e arredores. A história é a mesma: duas ou três ocorrências, de uma mesma rua, com poucos minutos de diferença e a dificuldade de ver a sinalização sobre o tal trânsito proibido. E é melhor não pensar em não pagar essas multas. Há fontes que afirmam que deixar o nome sujo no continente pode dificultar a entrada na União Europeia.
Passados mais dois meses, chegaram as três multas na minha casa no Brasil. Foi necessário entrar no site indicado da Comune de Matera, onde ocorreram as infrações, indicar o número do carro e das multas e pagar com cartão de crédito. Cada multa custou cerca de 70 euros e no fim das contas, com todas as taxas incluídas, foi um prejuízo de quase 900 reais. Por isso, lembre-se de tomar muito cuidado com as ruas de trânsito restrito na Itália, mesmo que o GPS indique o caminho.
Por fim, quem dirige no inverno, em especial no norte do país, deve garantir que o carro tenha correntes, necessárias para os trajetos com muita neve ou gelo na pista. Isso é uma exigência legal e as locadoras costumam fornecer o item gratuitamente. Outra saída é locar um carro com pneus para neve, mas não há essa opção nos veículos mais baratos.
Álcool e direção: pode beber e dirigir na Itália?
O limite de álcool no sangue é um pouco mais brando que no Brasil – são 51 mg por litro (apenas para comparar, no Brasil o limite é de 0,04 mg por litro). Mas isso só vale para motoristas com mais de três anos de experiência. E, mesmo assim, não é muita coisa: mais que uma taça de vinho ou um copo de cerveja e você passa o limite.
Quem viola a lei pode receber multa, ser impedido de dirigir ou, em casos mais graves, em geral quando há um acidente envolvido, ser preso.
Matera, no Sul da Itália
Como funcionam os pedágios na Itália
Existem dois tipos de pedágio, que são frequentes em todo o país:
- O pedágio por quilômetro rodado, que é o mais comum
- O pedágio por trecho, um pouco mais raro
No pedágio por trecho você paga um valor fixo ao passar pelo posto, geralmente na entrada da rodovia. Aqui não tem muito segredo: o modelo é bem semelhante ao do Brasil.
Já no pedágio por quilômetro rodado você entra na rodovia e pega no guichê um papel que informa o local de entrada, horário e outros dados básicos. Você precisa fornecer esse mesmo papel no posto de pedágio em que você for sair da rodovia. É ali que será calculado o valor total que você precisa pagar.
Tudo muito simples, mas há alguns probleminhas que podem gerar multas: como dito antes, não passe na pista do Telepass. Além disso, um dos maiores desafios é que nem sempre há funcionários nos guichês do pedágio, principalmente fora da hora comercial. Pode ser que você tenha que fazer todo o processo diretamente, pagando para uma máquina que fala em italiano e não funciona direito – e enquanto motoristas impacientes buziam sem parar.
Você pode pagar o pedágio em euros ou com cartão de crédito, desde que seja internacional. Pode ser que o cartão não te peça sua senha, mas faça a cobrança mesmo assim. Por outro lado, também pode acontecer de você fornecer o cartão, mas a máquina não conseguir fazer a cobrança, emitindo um papel – pegue esse documento, que costuma ser uma ordem de pagamento. Com ele em mãos, você pode seguir viagem e pagar o pedágio pela internet em até 15 dias, sem problemas e sem multa.
Nossa experiência com os pedágios italianos
Probleminha real que aconteceu em nossa última viagem de carro pela Itália, no final de 2019: tentei pagar o pedágio com uma nota de 20 euros, que foi repetidamente recusada pela máquina. Enquanto uma fila de motoristas se formava atrás, tentei pagar com um cartão de crédito. A máquina engoliu o cartão e, após um minuto, devolveu o cartão e cuspiu um papel, mas o papel saiu voando pelas pistas do pedágio e nunca mais foi encontrado.
Achando que seria só um recibo e já nervoso, deixei pá lá. Dias depois me dei conta que era uma ordem de pagamento – e sem ela eu estava prestes a tomar uma multa. Como pagar o eticket, se eu não tinha o número dele? Depois de pesquisar em fóruns online, achei o email info@autostrade.it. Enviei minha história e recebi a resposta em três dias, com indicação para entrar em contato em outro endereço eletrônico. Ufa, consegui um passo a passo de como pagar meu pedágio de quatro euros, valor que em mais alguns dias se tornaria uma multa. E muitas vezes maior do que o valor do pedágio devido.
Mais algumas dicas importantes na hora de lidar com os pedágios italianos:
- O guichê carte só aceita cartão de crédito
- O guichê contanti só aceita dinheiro em espécie
- O guichê carte e contanti aceita os dois
Entrou na fila errada e não dá mais pra voltar? Se tiver cancela, aperte o botão e peça ajuda. Caso não tenha, siga em frente e relate o problema no próximo posto de pedágio. Ou, em último caso, tente resolver pela internet. E nunca use a marcha rê no pedágio, já que isso é infração de trânsito.
Não está entendendo nada da máquina? Respire fundo, aperte o botão indicado e peça ajuda. Também é possível pedir para a máquina emitir para você uma ordem de pagamento futura, algo útil para quem perdeu o bilhete da entrada na rodovia ou está sem dinheiro. Caso precise pagar o pedágio depois, o site é o https://www.autostrade.it/
Como são as estradas na Itália?
As autoestradas italianas são muito boas e duplicadas. Já as estradas secundárias são, digamos, um pouquinho mais complicadas, mas a verdade é que dirigir em rodovias italianas é relativamente simples.
Como o sistema ferroviário do país é ótimo, não há presença tão grande de caminhões. A exceção são as áreas perto de fronteiras, em especial com o Leste Europeu. Nunca vi tantos caminhões numa estrada como na área que liga Itália e Eslovênia. Apesar disso, a duplicação e a qualidade da pista tornam tudo mais simples.
San Gimignano, na Toscana
GPS: devo adquirir na locação?
Já se foi o tempo em que alugar um GPS junto com o carro valia a pena – é muito mais negócio usar seu smartphone para isso. O GPS fornecido pelas locadoras custa, em média, 10 euros por dia. Já um chip de 30 dias, com 12 giga de internet e que funcione em toda a Europa, custa em torno de 50 euros, com direito a sair com ele já do Brasil. E ainda há opções mais baratas e pacotes menores.
Sobre isso, não deixe de ler o texto em que explicamos todas as opções para ter um chip de 4G na Itália, permanecendo sempre conectado.
Como decidir onde estacionar o carro na Itália?
Se for visitar cidades pequenas, preste atenção para não violar as Zonas de Tráfego Limitado. Cidades assim têm vários estacionamentos do lado de fora de seus muros – os valores variam de acordo com a distância até a cidade, mas ficam entre um e dois euros por hora. É o caso, por exemplo, de San Gimignano e Montalcino, duas paradas clássicas em road trips pela Toscana.
Pague o valor assim que entrar, numa máquina, e deixe o bilhete dentro do carro e em local visível. Antes de seguir, convém anotar o número do estacionamento em que você deixou o carro ou marcar a localização dele no Google Maps, para não correr o risco de se perder depois.
Para cidades grandes e médias, lembre-se que os hotéis mais centrais raramente têm estacionamento. E, mesmo quando há o local, ainda pode ocorrer a Zona de Tráfego Limitado. Há duas soluções simples: optar por hotéis fora do centro e perto das rodovias, na entrada da cidade; ou ficar num hotel central, mas parar o carro num estacionamento mais afastado do centro. Uma rápida busca no Google revela os endereços de estacionamentos.
Como abastecer o carro na Itália: os postos de combustíveis
Uma coisa simples, mas que pode dar uma baita dúvida. É que os postos de gasolina estão por todos os lados e são exatamente iguais aos do Brasil, mas não há a figura do frentista: é tudo self-service.
Se o posto tiver uma loja de conveniência ou sala de administração anexa, então você para numa bomba, abre o tanque do carro, escolhe o tipo de combustível compatível com seu carro (em geral entre benzina, que é a gasolina, ou o Diesel), pega a mangueira e enche até o que achar necessário. Depois é só ir na loja, informar a bomba e efetuar o pagamento.
Mas há postos de gasolina que nem loja anexa têm – e às vezes elas até estão lá, mas não funcionam fora do horário comercial. Nesse caso, coloque seu cartão na máquina, escolha a bomba, o tipo de combustível e insira sua senha. A máquina passará no seu cartão um caução, equivalente a pouco mais que um tanque cheio, e vai liberar a mangueira. Gastou menos? Após o abastecimento a máquina estorna o valor a mais.
Quanto custa a gasolina na Itália?
A gasolina custa cerca de 1,60 euro o litro. Fazendo as contas, um tanque cheio custa entre 70 e 85 euros, dependendo da capacidade do carro
Veja também: Quanto custa viajar para a Itália
Aluguel de carro na Itália: algumas sugestões de roteiro para sua road trip
Abaixo deixei sugestões rápidas de lugares para visitar de carro a partir de algumas das principais cidades italianas. Caso queira um conteúdo mais completo, leia nosso guia de roteiros pela Itália, para 7, 15, 20 e 30 dias.
Opte por retirar o veículo em aeroportos, onde as locadoras funcionam 24 horas, ou perto das principais estações de trem. Em Florença, por exemplo, o Aeroporto Américo Vespúcio fica bem perto do centro, com ligação barata e de transporte público. Já em Veneza é possível retirar o carro em agências no Aeroporto Marco Polo, mas quem não chega ou volta após o horário comercial deve optar pelas agências perto da estação de trem ou mesmo em Mestre, cidade vizinha.
Para consultar valores e comparar locadoras, clique aqui.
Aluguel de carro em Roma
Nápoles e Pompeia são destinos tradicionais de bate-volta a partir de Roma, mas a gente acredita que são lugares que merecem bem mais que um dia de viagem. Fora que é fácil ir para Nápoles de trem. Outra opção é ir até a Sorrento, cidade litorânea numa península, e de lá passar por Positano, Amalfi e Ravello. A Luíza Antunes, que fez essa viagem, acha que é melhor ir de trem até a região e alugar um veículo lá.
Tivoli (30 km, carro ou trem), Orvieto (120 km, melhor de carro) e Assis (170 km, 2h20 de carro) são opções melhores.
Aluguel de carro em Florença
A road trip tradicional, a viagem de carro (ou de vespa!) dos sonhos de muita gente. Vinícolas, cidades históricas e as lindas paisagens da Toscana formam um dos melhores cenários para road trips. Sim, no mundo inteiro.
O carro é dispensável em Florença e mesmo em Pisa e Lucca, o bate volta mais tradicional a partir da capital da Toscana – nesse caso é melhor ir de trem. Mas o veículo facilita, e muito, o deslocamento para San Gimignano, Volterra, Cortona, Arezzo, Montalcino e Montepulciano, entre outras cidades.
Se quiser ver todas essas cidades, faça um roteiro circular, de pelo menos três dias, a partir de Florença. Funciona melhor nessa ordem: um dia para Arezzo e Cortona; no dia seguinte Montepulciano e Montalcino; no terceiro dia Volterra e depois San Gimignano. Com mais tempo ainda dá para passar por Siena. Você vai percorrer apenas 350 quilômetros e conhecer lugares incríveis.
E eu já mencionei as vinícolas, né? Dá pra incluir várias no roteiro, mas lembre-se do motorista da rodada!
Veja também: Roteiro de 7 dias pela Itália, de carro ou não
Aluguel de carro em Bolonha
Ravena (80 km, carro ou trem), Rimini, (118 km, carro ou trem), Parma (100 km, carro ou trem), Ímola (40 km, carro ou trem) e Modena (47 km, carro ou trem) são os bate-voltas mais tradicionais. Mas os destinos concorridos e que mais exigem um carro alugado são San Marino, que fica nos arredores de Rimini, e Maranello, que fica perto de Modena. Para visitar esses dois lugares é necessário pegar trem e ônibus conjuntamente, o que faz do carro um facilitador.
Veja também: Como é o Museu da Ferrari em Maranello, na Itália
Aluguel de carro em Veneza
Treviso (30 km, carro ou trem), Pádua (40 km, carro ou trem), Verona (120 km, carro ou ônibus) e, claro, as ilhas de Murano, Burano e Torcello (barco) são os bate-voltas mais tradicionais a partir de Veneza. Mas, se você resolver fazer uma road trip a partir da cidade, a melhor opção está fora da Itália: dirija por apenas 2h30 e você estará em Liubliana, a capital da Eslovênia.
Além da capital, uma road trip pela Eslovênia pode incluir o fantástico Lago de Bled, o Castelo de Predjama e até cidades no litoral, perto da Croácia, como Piran, Izola e Koper – só não vale ir à praia no inverno e no final do outono.
Para dirigir da Itália até a Eslovênia é preciso informar à locadora do veículo, já que pode existir um seguro adicional. Além disso, antes de passar a fronteira você precisa parar num posto de combustível ou loja de beira de estrada e comprar o Vignette, um adesivo que é colado no carro e funciona como pedágio na Eslovênia.
Guias completos de hotéis, com sugestões para quem viaja de carro
O 360meridianos tem guias detalhados e sempre atualizados para você decidir onde ficar em várias de cidades italianas. Tudo feito com base na experiência de mais de uma dezena de viagens pelo país:
Onde ficar em Veneza – melhor região nas ilhas e hotéis
Onde ficar em Florença – melhores bairros e hotéis
Onde ficar em Roma – todas as regiões
Onde ficar em Bolonha – bairro a bairro
Onde ficar em Nápoles – hotéis e bairros
Onde ficar em Milão – hotéis e bairros
O 360meridianos faz parte do programa de afiliados da Rent Cars.
Olá. Uma dúvida: vou chegar na Itália no aeroporto Malpensa e alugar um carro. De lá vou direto a Veneza. Estava vendo no Google Earth que na entrada para a autoestrada não tem o pedágio que fornece o bilhete. Não deveria ter em todas as entradas e saídas das autoestradas? E se eu entrar sem o bilhete vou chegar ao pedágio de saída sem ter como pagar. Como faço?
Apesar de já viajar a muito tempo nunca aluguei carro ,estou desesperada com tantas críticas,gostaria de pegar o carro e bergamo -lago de como -Veneza -bergamo .Porém estou com muito medo em que locadora escolher ,todas pedem caução de 800 € franquia 1000€ e tal
Oi Julia,
Você consegue alugar sem essa franquia alta se contratar o seguro completo. O valor do aluguel sobe um pouco, mas eu acho que vale a pena, pq fica tudo coberto e se livra da franquia.
Oi, Julia. Desculpa a demora na resposta. Caução e franquia são comuns mesmo em todo lugar, inclusive no Brasil. Na Europa você ainda pode contratar um seguro que zera a franquia. A diária de aluguel fica mais cara, mas pode te dar mais tranquilidade.
Depois de passar vários perrengues com locadoras na Italia e de conhecer relatos (pesados) de tantos outros, minha recomendacao é a de alugar carro na Itália só em ultimo caso.
Infelizmente este nao é um país amigável pra estrageiros dirigirem.
Eu levei multa por evasão de pedágio, por circular no centro historico de Bologna (não conheço a cidade) e por excesso de velocidade em Otranto. Essa última a unica que assumo responsabilidade.
Debitaram 60 euros no meu cartao por cada uma dessas multas só para a locadora indicar a mim como responsável por elas. Sem choro! Fora o valor das multas em si.. a mais barata era 85 euros.
Recorrer? Nem tentem! Fui desencorajado até pelos meus tios italianos. Nao é simples pra eles, o que dirá pra nós.
Diferente de vocês, eu não paguei as multas.. e já voltei a Italia e não tive nenhum problema. Mas tb nunca mais aluguei carros. E nem pretendo! 🙂
Oi, Marcelo. É difícil mesmo, mas não diria que é um país pouco amigável ao motorista estrangeiro. Existem regras e métodos que a gente desconhece, mas ninguém escapa de cumprir a lei alegando que não a conhece. E isso acaba sendo um problema, né?
Pra mim, o pior cenário de dirigir no exterior, um que eu odeio ter que encarar, é quando proliferam relatos de policiais que pedem propinas para turistas. Já li muitos casos assim no México e fiquei morrendo de medo de dirigir lá. Foi uma experiência bem ruim, mesmo sem ter tido problema nenhum.
Abraço e obrigado pelo comentário.
Gostaria de opiniões/dicas de locomoção e roteiro na Itália para 18 dias. 4 Roma, 2 Napoli, 3 Sorrento ou Ravello, 4 Firenzi, 3 Veneza e 2 Roma. Eu, esposa e 2 filhas. Como somos em 4, creio que o custo/benefício do carro saia melhor sobre o trem. Além da comodidade, a chance de explorar melhor as pequenas cidades. Mas ouço de possíveis “pegadinhas” em aluguéis de carro e em pedágios pela velha bota. P.S: Ida em Jan/20. Carro apenas após saída de Roma.
Oi Wallace,
Acho que sim, o carro pode ser uma boa, até porque na Costa Amalfitana será muito útil para conhecer todas as cidades e a mesma coisa em Florença e Toscana.
Sim, as pegadinhas em geral são quanto a circulação de carro em centros históricos então minha dica é: nunca entre nos centros históricos de carro. Pare sempre o carro num lugar fora do centro e circule a pé!
Ola pessoal, alguém sabe dizer qual é o valor que fica retido do cartao de credito do seguro para poder alugar o carro?
Oi Henrique,
Depende do veículo que você vai alugar, da locadora e do tipo de seguro que você vai contratar.
Eu, como em geral contrato o seguro com cobertura completa, zero essa franquia.