Cefalù: o que fazer e onde ficar na charmosa vila da Sicília

Cefalù tem 13 mil habitantes e a fama de ser uma das aldeias mais bonitas da Sicília. Imagine o cenário: as águas do Mar Mediterrâneo e uma praia calma e cercada por construções medievais – e até romanas.

Este texto é um guia completo de uma das melhores praias da Itália. Aqui você vai saber o que fazer, quando ir, quanto tempo ficar por lá, como chegar e onde ficar em Cefalù.

Cefalù: um pouco de história

Apesar do casario medieval que faz o charme da cidade, Cefalù começou a ser habitada bem antes da Idade Média. Por ali passaram gregos, romanos, bizantinos e árabes.

Hoje, Cefalú é um dos balneários mais importantes da Sicília e recebe centenas de milhares de turistas por ano – pelo menos 60% deles são estrangeiros.

Parte do centro histórico de Cefalù foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

O que fazer em Cefalù: os pontos turísticos

Os principais passeios de Cefalù são relaxar na praia, passear sem rumo pelas ruelas do centro histórico e curtir o pôr do sol. Faça apenas isso e você irá embora com ótimas lembranças de Cefalù, mas quem tem mais tempo pode aproveitar outros atrativos da cidade.

Espere gastar entre 20 a 30 euros por dia no aluguel de estrutura de praia (cadeira e/ou guarda-sol).

1. Roteiro no Centro Histórico de Cefalú

A Corso Ruggero é principal rua do centro histórico de Cefalù. Nela – e também nas ruas que a cortam – ficam vários bares, restaurantes, cafés e gelaterias, o que faz dessa uma boa região para se hospedar em Cefalù.

No centro histórico, a maior atração é, sem dúvidas, o Duomo. Com quase mil anos, a Catedral de Cefalù é vista a partir de vários pontos da cidade. Ela foi erguida ao longo de um século, entre 1131 e 1240, por ordem de Rogério II da Sicília – conta a lenda que o Rei resolveu erguer uma igreja ali após escapar de um naufrágio e alcançar a praia de Cefalù.

Além das duas imponentes torres, a Catedral de Cefalù chama atenção por conta dos mosaicos de quinhentos metros quadrados e que foram planejados por artistas que Rogério II buscou em Constantinopla e na Grécia. A Catedral é um dos locais da Sicília que foram declarados Patrimônio da Humanidade. A entrada na Catedral é de graça, mas vale a pena visitar as torres e ter uma visão privilegiada dos mosaicos.

Também no centro histórico, não deixe de visitar o Lavatoio Medievale. Como o nome indica, é um local criado na Idade Média e utilizado para a higienização de pessoas e de roupas. A água que banha o lavatório vem do rio Cefalino, que nasce nas montanhas da Sicília.

Além da Catedral, a outra parada obrigatória que não é ao ar livre é o Museu Mandralisca, que conta com artefatos históricos e obras de arte de toda Sicília. No acervo da instituição também está o quadro Retrato de um Marinheiro Desconhecido, de Antonello da Messina, um dos maiores nomes do Renascimento. Por conta do olhar e do sorriso do marinheiro, a obra é famosa, uma espécie de Mona Lisa da Sicília.

Também vale a pena visitar a Biblioteca do Museu Mandralisca, que guarda cerca de sete mil livros. Há ainda o Teatro Comunale Cícero, de 1814, e mais duas igrejas: a do Purgatório e o Santuario Gibilmanna, que fica a dez quilômetros do centro.

2. Trilha para o topo da Rocca

Tem tempo? Então coloque no roteiro uma trilha até o topo da Rocca, o imenso rochedo que, junto com o centro histórico, torna a paisagem de Cefalù tão especial. Espere gastar cerca de uma hora para chegar ao topo do paredão, que tem 280 metros de altura.

Atenção, porque a trilha é controlada: de 9h às 19h no verão e de 9h às 16h no inverno, com a última entrada duas horas antes do fechamento do local. Há uma taxa de cinco euros para fazer a trilha e que precisa ser paga em dinheiro na portaria, que fica perto da Piazza Garibaldi. Vá com tênis confortáveis e leve água.

No alto da Rocca ficam as ruínas da Fortaleza de Cefalù e do Templo de Diana, um monumento de pedras erguido há dois mil anos. Apesar da importância histórica das construções, o ponto alto da trilha é mesmo a vista, que é fantástica.

O que fazer em Cefalù: Passeios especiais

Além das atrações listadas acima – quase todas gratuitas ou muito baratas – é possível contratar passeios especiais com agências locais. Alguns exemplos interessantes:

Onde ficar em Cefalù: dicas de hotéis

Não é muito difícil escolher onde ficar em Cefalù: busque por hotéis de frente para praia ou no centro histórico. Algumas opções:

  • Ossuna Bay Hotel Boutique – Quartos grandes, estacionamento gratuito e praticamente na praia. Diárias a 150 euros.
  • B&B Le Suites di Costanza – Hotel ótimo para casais em Cefalù. Tem vista para o mar e diárias a 150 euros. A localização é maravilhosa.
  • Cefalù Cathedral Palace – De frente para a catedral e a 10 minutos da estação de trem. É um apartamento de dois quartos para alugar, com capacidade para até quatro adultos. Diárias a 200 euros.
  • Madonie Holidays – No coração do centro histórico e de frente para a Catedral de Cefalù. A praia fica a cinco minutos de caminhada. Diárias a 90 euros.
  • Duomo Rooms Cefalù – Outra opção perto da Catedral, com diárias a 70 euros.
  • Villa Margherita – Piscina, estacionamento gratuito e quase um pé na areia. Diárias a 120 euros.
  • B&B del Giglio – Um pouco mais barato, mas com ótima localização e muito conforto. Diárias a 70 euros.

Quando ir a Cefalù?

Julho e agosto, o verão europeu, formam a alta temporada. O problema de ir nessa época é que os hotéis lotam e os preços sobem. O calor é outro aspecto negativo, mas facilmente superado com um pulo no mar.

Quer evitar as multidões? Prefira ir em março, abril, maio, setembro ou outubro, quando a Sicília não está tão cheia e o clima é agradável.

No inverno, de novembro a fevereiro, o frio não é tão intenso como em outras partes da Europa, mas a chuva pode atrapalhar o passeio e a praia.

Quantos dias ficar em Cefalù?

O ideal é passar pelo menos uma noite em Cefalù. Tem mais tempo? Então fique pelo menos duas noites e aproveite para relaxar na praia.

Também é possível conhecer a cidade no esquema bate-volta ou como parada estratégica num roteiro mais amplo pela Sicília. Foi o que eu fiz: saí cedo de Palermo, passei o dia em Cefalù e depois segui para Agrigento.

Como chegar a Cefalù e distância para Palermo

A distância entre Cefalú e Palermo é de apenas 70 km, percurso que pode ser feito de carro em menos de uma hora. Já Messina fica a 185 km de Cefalú.

Também é possível ir de trem e há várias saídas diárias para Cefalù a partir de Palermo e também de Messina.

Vale a pena alugar um carro na Sicília?

É uma boa ideia alugar um carro na Sicília. A ilha é grande, os destinos turísticos ficam afastados entre si e o acesso de transporte público é bem mais complicado do que uma road trip.

O carro só vira um problema nas cidades maiores, como Palermo, que têm trânsito caótico. É importante também entender como funcionam as ZTLs, as zonas de trânsito limitado. Estacionar o veículo pode ser um desafio em Cefalù, em especial nos finais de semana e na alta temporada.

Se resolver alugar um veículo, veja nosso guia completo de como dirigir na Itália, com dicas práticas da legislação italiana para motoristas.

Seguro viagem para a Itália

O seguro de viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa, inclusive na Itália, e pode ser exigido na hora da imigração.

Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o melhor seguro para a Itália e entenda a diferença para o seguro do INSS.

Seguro Viagem:
Europa
Intermac I60 Inter (exceto EUA) +Covid-19 Intermac I60 Inter (exceto EUA) +Covid-19
Assistência médica USD 60.000
Bagagem extraviada USD 750 (SUPLEMENTAR)
*Valor referente a 7 dias de viagem.
AC 35 EUROPA (Exceto EUA) COVID-19 AC 35 EUROPA (Exceto EUA) COVID-19
Assistência médica EUR 35.000
Bagagem extraviada EUR 1.200
*Valor referente a 7 dias de viagem.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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