Lisboa tem a fama de ser uma das cidades mais belas da Europa. Metade dessa popularidade pode ser creditada na conta de Belém, uma vizinhança histórica com grande apelo turístico. A outra metade muito provavelmente veio das ruas, becos e miradouros do Centro Histórico. Dividida entre os bairros Alfama, Castelo e Mouraria, Bairro Alto, Chiado e Bica e a Baixa, essa região presenteia os viajantes com uma surpresa a cada esquina. Descubra as principais delas.
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Convento do Carmo
De igreja e convento mesmo, pouca coisa sobrou depois do terremoto de 1755. O desastre, aliás, não deixou quase nada em pé na capital portuguesa, mas as ruínas dessa antiga igreja gótica são um dos poucos testemunhos que ainda restam da catástrofe.
Dentro do sítio arqueológico, é possível observar os arcos do convento e tentar imaginar como era grandiosa essa construção, que chegou a ser o maior templo católico da cidade. O passeio inclui uma visita ao Museu Arqueológico, que tem tumbas antigas, múmias, artefatos da época da ocupação romana e outros objetos interessantes.
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Não deixe de passar pela pracinha logo em frente às ruínas, o Largo do Carmo. Ela também já testemunhou fatos importantes da história: foi palco da Revolução de 25 de Abril de 1974, que uniu povo e uma dissidência das Forças Armadas e deu início ao processo de redemocratização do país depois de 40 anos do Estado Novo e da ditadura Salazarista.
Entrada: 3 euros.
Elevador Santa Justa
Ali pertinho das Ruínas do Carmo fica o Elevador Santa Justa. Construído por um aprendiz de Gustave Eiffel – ele mesmo, o da Torre, o elevador liga a Baixa de Lisboa ao Bairro Alto. Do topo, é possível apreciar as ruas de Lisboa, incluindo o Castelo de São Jorge e o Rio Tejo.
Entrada: 3 euros para duas viagens.
Alfama
Se uma das minhas atividades turísticas preferidas é perambular sem rumo pelas ruas e tirar fotos de becos, casinhas e janelas (muitas janelas), para mim a Alfama, vizinhança popular de Lisboa, era quase a Disney. Pequenas casinhas coloridas, varais, bandeirinhas, ruelas e sacadas dão o tom do mais antigo bairro da capital portuguesa.
A trilha sonora, por outro lado, é dominada pelo Fado. Ali estão algumas das melhores casas para se ouvir o tradicional ritmo lusitano em restaurantes com preço honesto. Quem se interessar mais pela história dessa grande manifestação cultural pode visitar o Museu do Fado (Largo do Chafariz de Dentro, nº1).
Igreja de São Vicente de Fora
Ali na Alfama fica a Igreja São Vicente de Fora (Largo São Vicente), um antigo mosteiro do século 16. É muito famosa pelos painéis de azulejo que retratam cenas de ataques do D. Afonso Henriques a Lisboa e Santarém, Fabulas de La Fontaine, anjos e florais. É lá também que estão os sarcófagos da dinastia Bragança, a mesma que governou o Brasil em tempos de Império e a última a reinar em Portugal.
Castelo de São Jorge
A principal atração lá dentro é a própria cidade: ao andar pelas muralhas e miradouros, é possível apreciar as vistas mais incríveis de Lisboa. A construção, no entanto, também esbanja história. Foi a partir desse castelo que nasceu a capital portuguesa e uma das cidades mais antigas da Europa.
Testemunha de invasões, guerras e prisões, o Castelo de São Jorge resiste há oito séculos e hoje é item número um em muitos desses TOP 10 coisas-que-você-precisa-ver-na-cidade publicados em guias turísticos. Além de passar pelas torres e muros, passeie também pelas ruas da cidadelas, repletas de restaurantes e lojas de souvenires.
Entrada: 7,50 euros.
Veja também: A história do Castelo de São Jorge
Catedral da Sé
Não, eu não errei de cidade.
Considerada a igreja mais importante de Lisboa, a Catedral da Sé foi erguida em 1150, assim que os mouros foram expulsos da região (e no lugar de uma antiga mesquita). Ali estão guardados os restos mortais de São Vicente, um dos padroeiros da cidade.
Rua Augusta
Em uma ponta, a Praça do Comércio, na outra, a Praça do Róssio. No meio, uma das ruas mais movimentadas de Lisboa. Fechados para carros, esses quarteirões recebem os mais variados tipos: de viajantes a locais em busca de um lugar descolado para passar o fim de tarde, artistas de rua e vendedores ambulantes. Lojas, cafés e restaurantes de todo o tipo convidam os passantes a se sentarem um pouco e apreciarem o movimento da cidade.
Se você andar em direção à Praça do Comércio, vai encontrar o Arco do Triunfo, um monumento construído no século 18 em homenagem aos descobrimentos portugueses. É possível subir no arco para mais uma vista da cidade (2,5 euros).
Elétrico 28
Esse charmoso bondinho amarelo com interior forrado em madeira é um clássico em Lisboa e uma das melhores formas de explorar os bairros históricos. A linha, inaugurada em 1914, percorre algumas das paisagens mais belas e emblemáticas da cidade, cortando as vizinhanças de Alfama, Baixa, Chiado e Santos. Comece o passeio na Praça Martim Moniz e vá até o ponto final, em Campo de Ourique. Aproveite que já está ali e faça uma visita à casa de Fernando Pessoa.
Preço: 1,40 euros.
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Minha primeira viagem a Europa! *Antes tarde do que nunca!
Estou destacando algum lugares que pretendo ir em Portugal e cogitando pegar um trem a Madrid para passar um dia (bate e volta). Será que vale a pena? Não tenho ideia de quanto de tempo de viagem.
Me basearei pelo seu roteiro, inicialmente! <3
Cristiane, acredito que é inviável fazer um bate-volta a Madrid. São umas 11 horas de viagem…
Abraços
Bom dia Natalia,
Minha filha vai fazer uma conexão em Lisboa no mes de Abril e vai ficar com uma manhã livre, voce indicaria alguns lugares no centro para ela visitar com esse tempinho?
Obrigado
Olá Elismar, se a conexão dela for de em torno de quatro horas, não recomendo sair do aeroporto. Mas enfim, com uma manhã ela pode visitar o Castelo de São Jorge, o Convento do Carmo ou dar voltas pelas ruas charmosinhas do centro histórico (e quem sabe, comer bacalhau heheh).
Abraços