7 dicas de inglês para viagem: como treinar o idioma

*Publicidade – Eu passei boa parte da vida fazendo cursinhos de inglês, mas tive uma dificuldade enorme de articular frases complexas durante uma viagem recente para os Estados Unidos. Meu problema não era de compreensão ou gramatical: eu entendia tudo que falavam comigo e sabia as regras, mas errava coisas simples mesmo assim. Embora tenha morado no exterior e viajado para vários países de língua inglesa, eu praticamente não falei inglês nos últimos quatro anos. E isso cobrou seu preço – meu inglês estava enferrujando.

Voltei ao Brasil com o objetivo de resolver isso o quanto antes. E logo percebi que minha situação passa longe de ser rara. O que fazer quando você já acabou o cursinho, colocou inglês avançado no currículo, mas, na prática, tem poucas oportunidades para treinar a língua da Rainha? Neste texto, selecionei algumas dicas de inglês para viagem, muitas delas conselhos que me foram dados por professores nativos. Se você está com viagem marcada, mas tem medo de ter problemas para se expressar, seja por conta do inglês enferrujado ou por não dominar o idioma mesmo, então este texto é para você. Vamos lá?

1 – Faça uma imersão de inglês

Já pensou em passar os meses antes da viagem tendo aulas diárias? Eu já tinha pensando em fazer isso em outras ocasiões, mas sempre esbarrei na minha rotina, que é complicada: não daria para fazer um curso que não tivesse uma grande flexibilidade de horários ou que exigisse que eu estivesse em determinado lugar. Foi aí que eu descobri o Cambly, aplicativo de aulas de inglês online que permite que você faça uma imersão de inglês com professores nascidos em países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália.

Muitos dos alunos do Cambly têm um perfil parecido com o meu, profissionais com a vida corrida que contratam o serviço por alguns meses para alcançar um objetivo específico, que pode ser aprimorar o inglês para uma viagem de turismo, se preparar para um intercâmbio ou até uma prova, por exemplo. A plataforma tem professores online 24h por dia, permitindo que você chame o seu professor no horário que for mais conveniente pra você, outro ponto positivo.

O Cambly tem aulas particulares, que ficam gravadas para você rever quantas vezes quiser, e aulas de grupo, com no máximo três alunos por professor, que te permitem estudar com pessoas do mundo todo.

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Aula com o Aaron, professor de Washington DC

2 – Fale com pessoas que são do país que você visitará

Como os leitores do 360 sabem, este blog nasceu de uma viagem de volta ao mundo, no longínquo ano de 2011. Aventura que envolveu 15 países, muitos deles onde o inglês é o idioma oficial. Embora na época meu inglês estivesse bem menos enferrujado do que hoje em dia, afinal foram meses falando a língua, me lembro bem da dificuldade que foi a comunicação na Nova Zelândia.

Cada país tem um sotaque, uma forma de falar, e compreender o que era dito lá não foi fácil – treinar o ouvido levou um tempo. Mas hoje a internet facilita as coisas e permite que você pratique seu inglês com um professor da região que você vai visitar. Vai para a Nova Zelândia? Basta buscar por um nativo de lá. Ou do Canadá, Austrália, Estados Unidos…

Dá até para ser mais específico e buscar por um professor de determinada região de um país. O estado ou cidade dos Estados Unidos que você vai visitar, por exemplo. O que nos leva para a próxima dica.

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3 – Aprenda expressões usadas por pessoas locais

O Jason, professor que me deu algumas dicas de inglês para viagem, acrescentou outro aspecto. É importante aprender expressões-chave que são muito usadas no dia a dia e que podem tornar sua viagem mais fácil. Por exemplo, se você chegar em um restaurante nos Estados Unidos, a recepcionista provavelmente vai te perguntar “How many in your Party” ou “How large is your party”. Alguém que aprendeu inglês em cursinho pode achar que a recepcionista está achando que você vai dar uma festa ou está celebrando algo só pelo uso da palavra “Party”, que significa festa em inglês. Mas quem aprende inglês com professores nativos sabe que essas são expressões para perguntar para quantas pessoas é a mesa que você quer.

4 – Fale sobre sua viagem e pegue dicas locais

Você está de passagens compradas para Nova York. Nos meses antes da viagem, tenho certeza que esse será um dos temas mais constantes nas suas conversas: seus amigos vão querer saber sobre suas férias. Os que já foram lá te darão dicas; quem ainda pretende ir ficará curioso com o seu planejamento.

Uma forma interessante de treinar seu inglês envolve essa lógica. Busque um professor da região que você irá visitar e aproveite para pegar dicas sobre o seu destino. É sua chance de praticar o idioma e conversar com um morador local de uma só vez. E assim você pode se preparar para situações práticas. Por exemplo, conversar sobre como usar o transporte público, quanto deixar de gorjeta ou simplesmente sobre quais lugares você quer conhecer.

5 – Treine para situações específicas

A insegurança é uma das maiores dificuldades enfrentadas por viajantes. Por isso, treinar para situações específicas pode te ajudar. Por exemplo, que tal se preparar para a hora da imigração, uma das mais temidas por turistas? Estar preparado para responder algumas das perguntas mais comuns te ajudará a ter tranquilidade. Afinal, é lógico que cada caso é um caso, mas certas perguntas são comuns nessa situação, como as tradicionais How long are you staying? ou a What’s the purpose of your trip?.

Também pode ser interessante treinar para outros momentos, como o check-in no hotel, a hora das compras, uma ida num restaurante ou a busca por algum endereço específico. O ideal é saber mais do que algumas expressões que podem ser usadas nesses momentos – como o How much is this? ou o Do you accept credit cards?, para as compras. Isso vale especialmente para quem tem inglês básico.

Uma das aulas mais interessantes que fiz no Cambly foi assim. Por sugestão da professora, a Abigail, uma nova-iorquina, resolvemos dedicar alguns minutos treinando para situações comuns no dia a dia de um viajante, como pedir algo num restaurante. A falta do domínio do idioma e até o nervosismo podem fazer com que você pareça mal-educado, mas a Abigail deu uma dica simples e útil, mesmo para quem tem inglês básico: lembre-se do please, o nosso por favor. E tente se lembrar de algumas frases úteis que vão garantir que você vai soar como uma pessoa educada, como Can I have a beer, please? ou I would like a beer please, ao invés do I want a beer, que soaria mal-educado em inglês. Um sorriso no rosto, claro, também ajuda.

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Aula com a Xiomara, professora da Califórnia 

6 – Mantenha a calma

É normal ficar nervoso na hora que você desembarcar no país – e o momento da imigração ajuda a explicar isso. Mas para a Xiomara, uma professora da Califórnia, é importante respirar fundo e manter a calma. Se você não entender algo que o oficial da imigração disser, peça educadamente para que ele repita (“Sorry. Can you repeat slowly, please?”). Eles estão acostumados com essa situação e tendem a ser solícitos. É melhor ter certeza daquilo que te foi perguntado do que dar uma resposta incorreta.

E não falar nada de inglês não impede ninguém de viajar para o exterior, viu? Você pode fazer um curso intensivo meses antes da viagem, ganhar segurança e de quebra aprender um novo idioma por causa das férias. Embora só tenha professores nativos e todas as aulas sejam em inglês, o Cambly tem professores que também falam português, o que facilita a transição de quem não sabe nada da língua e precisa começar do básico. Uma ferramenta de tradução automática no bate-papo auxilia os alunos.

No fim das contas, a dica mais importante é simples: treine, de preferência numa situação, como explicou a Xiomara, de real conversation, uma aula num ambiente descontraído e que te prepare para situações reais e do dia a dia. Assim a viagem não só será tranquila, mas um grande momento de aprendizado.

7 – Aprenda com seus erros

Não seja tímido. Essa foi outra dica que o Jason, um dos professores dos Estados Unidos com quem tive aulas, me deu. Como o mundo está cheio de introvertidos (tipo eu), é comum que alunos não entendam determinada questão. Os professores do Cambly são super amigáveis e corrigem os seus erros durante a aula digitando na tela, sem te interromper nem deixar desconfortável. E essas correções ficam todas marcadas na gravação de vídeo da aula.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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