“Almoçamos no primeiro andar do Botín. É um dos melhores restaurantes do mundo. Comemos leitão assado e bebemos Rioja Alta.” A frase é do escritor americano Ernest Hemingway, em O Sol Também Se Levanta, de 1927, mas bem que poderia ser de qualquer turista em Madrid, na Espanha. É que o Botín não é fictício: ele existe e tem um baita orgulho próprio: o de ser o restaurante mais antigo do mundo, em funcionamento desde de 1725.
Hemingway nasceu nos Estados Unidos, em 1899. O autor dos clássicos “O velho e o mar” e “Por quem os sinos dobram” tem ligação com várias cidades – ele fez parte do grupo dos expatriados de Paris e viveu em Cuba, mas tinha afeição especial por Madrid.
Hemingway, também jornalista, trabalhou como correspondente durante a guerra civil da Espanha. Durante o tempo em que viveu na cidade – e também nas várias visitas seguintes, décadas mais tarde – Hemingway frequentou muitos lugares e fez seus personagens passarem por outros tantos, agora transformados numa espécie de via sacra para os fãs do escritor. O Botín é apenas um deles.
Planeje sua viagem: Onde ficar em Madrid
Tendo mais para o Fitzgerald que para o Hemingway, mas nem por isso iria deixar passar a oportunidade de trilhar os passos de um escritor da geração perdida. Por isso resolvemos procurar o Botín – e também outros lugares que fazem parte do Hemingway tour.
O restaurante fica perto da Plaza Mayor, um dos mais importantes pontos turísticos de Madrid. Após uma curta caminhada chegamos ao endereço indicado: A rua Calle Cuchilleros, número 17. Reza a lenda que fãs do escritor costumavam até chegar na rua certa, mas erravam de restaurante, o que levou um outro estabelecimento a colocar um enorme aviso na porta: “Hemingway nunca comeu aqui”. Nós não tivemos dificuldades para achar o restaurante: é um lugar concorrido e até com fila de espera. Entramos na primeira sala, um lugar pequeno, com algumas mesas e decoração antiga.
Depois de alguns minutos de espera, fomos levados para dentro da cozinha. Após uma parada rápida para tirar fotos dos cozinheiros – afinal não é sempre que você vai a um restaurante de 286 anos, seguimos até uma sala lateral, onde havia mais mesas. A especialidade da casa é o o leitão assado, citado no livro de Hemingway. Uma rápida olhada no cardápio nos mostrou que o salário do Hemingway jornalista devia ser um pouco maior que a verba de três jornalistas brasileiros em viagem de volta ao mundo (#pobres). Mas pelo menos aproveitamos para conhecer o local.
Plaza Mayor, Madrid, Espanha
Outros lugares que Hemingway gostava e costumava frequentar em Madrid também são obrigatórios para os fãs do escritor. Fica aqui o roteiro. Basta começar a peregrinação.
Lugares favoritos de Hemingway em Madrid:
Plaza Mayor, um dos pontos turísticos mais importantes de Madrid.
Cervejaria Alemana, na Plaza de Santa Ana. A mesa favorita de Hemingway ainda continua no local.
Museu do Prado, um dos mais importantes da Europa.
Plaza de Toros Las Ventas (o escritor adorava touradas).
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Olá Rafael,
Mto bom o post, como todos do 360. Me diga quanto custou esse espetacular jantar no Botín?com bebidas?
abç
obrigada
Isso já tem tanto tempo que não me lembro os preços, Mariana. Esse foi um dos primeiros textos do blog, lá de 2011. 🙂
Mas o Botín tem um site. E com cardápio.
https://www.botin.es/?q=pt
Abraço.
jantar uns 50€ por cabeça, incluído vinho., o almoço é mais barato…l
não tem como não sentir inveja de vocês. Mas ainda voltamos ae com mais tempo e juntos