O que fazer em Belo Horizonte: 24 pontos turísticos e passeios imperdíveis

Se você está planejando uma viagem para Minas, não cometa o erro de transformar Belo Horizonte apenas numa rota de passagem entre Ouro Preto, Tiradentes e Inhotim.

Não faltam pontos turísticos, parques, mirantes, mercados, praças e bons restaurantes em BH. São muitos museus, incluindo um dos mais visitados da América Latina, e a maior concentração de bares por habitante do país.

Belo Horizonte é uma Cidade Criativa da Gastronomia, título concedido pela UNESCO. Por falar nisso, é também das poucas capitais brasileiras com um Patrimônio Mundial da UNESCO para chamar de seu, o Conjunto Moderno da Pampulha.

E não podemos nos esquecer da riqueza que há ao redor da cidade. Perto de Belo Horizonte estão o Museu Inhotim, Ouro Preto, Mariana, Congonhas, o Santuário do Caraça e a Serra do Cipó, só para citar algumas das atrações. Em vinte minutos numa corrida de aplicativo você chega em Sabará, cidade histórica que só não é mais famosa nacionalmente porque está em Minas Gerais, onde a concorrência é grande.

Este texto é um guia completo sobre o que fazer em Belo Horizonte. Foi feito por quem conhece muito bem a região: eu nasci, moro em BH e organizo uma série de experiências culturais por aqui, o projeto BH a Pé.

Vai para Belo Horizonte? Então veja também:
Onde Comer Comida Mineira em Belo Horizonte

Quantos dias ficar em Belo Horizonte?

Fique entre três e cinco dias em Belo Horizonte para aproveitar a cidade com calma e fazer um bate-volta para Inhotim.

Na hora de organizar o roteiro, muita gente prefere passar os dias úteis em BH, reservando o final de semana para Inhotim. Isso é um erro: BH é mais interessante nos finais de semana, quando ocorrem feiras, shows e passeios culturais.

Por outro lado, Inhotim fica mais vazio – e agradável – de terça à sexta.

Dicas de Hotéis em BH

Se você vem a turismo, os bairros mais recomendados para hospedagem são Savassi, Funcionários e Lourdes, região centro-sul de BH – veja aqui os melhores hotéis nessa região.

Quer mais dicas? Então veja o nosso guia completo com dicas de Onde ficar em Belo Horizonte nos melhores bairros.

A dica mais importante que posso te dar sobre BH

Não existe forma melhor de conhecer uma cidade do que caminhar por ela com um morador local. Desde 2020, eu organizo um projeto chamado BH a Pé. São caminhadas temáticas, com foco em literatura, gastronomia e história.

Os passeios já apareceram em quase todos os grandes veículos de comunicação do país, entre eles Globo e Folha de São Paulo. Temos passeios temáticos sobre:

  • A BH da literatura, de Carlos Drummond e de Fernando Sabino
  • A BH do Clube da Esquina e de Milton Nascimento
  • A BH do futebol, de Atlético, América e Cruzeiro
  • A BH do Juscelino (bem antes de Brasília)
  • A BH de Hilda Furacão (Lembra dela?)
  • A BH dos fantasmas e lendas urbanas
  • E a BH dos mercados e da comida boa

Os passeios custam a partir de R$ 75 e incluem alimentação. Verifique o calenário dos passeios do BH a Pé aqui. Você vem numa data que não está no Sympla? Então chama a gente no WhatsApp.

O que fazer em Belo Horizonte: roteiro de 2 a 5 dias

Belo Horizonte é uma cidade planejada – foi construída e inaugurada em 1897, alguns anos depois da Proclamação da República. Teve um projeto urbanístico moderno que foi pensado para receber até 200 mil habitantes.

Pouca gente pra hoje, muita gente pra época. E um número para mostrar que o crescimento da cidade há muito deixou para trás o imaginado pelo urbanista Aarão Reis.

Toda a área urbana planejada fica dentro da Avenida do Contorno, que abraça a região central da cidade. A maior parte das atrações listadas a seguir está nessa parte de BH. Além disso, vale conhecer também o Conjunto Moderno da Pampulha, a cerca de 10 km da Avenida do Contorno, e os parques, praças e mirantes da Serra do Curral.

E há, claro, atrações e pontos turísticos de Belo Horizonte isolados e espalhados por outras regiões. Se você tiver três dias, separe as atrações por região: um dia para a Pampulha e os outros dois para atrações dentro da Contorno e ou na Serra do Curral.

Passeios em Belo Horizonte: dia 1

  • Praça da Liberdade
  • Circuito Liberdade – não deixe de visitar o CCBB e o Palácio da Liberdade.
  • Igrejas da Boa Viagem e Lourdes
  • Praça do Papa, Parque Serra do Curral e Mirante Mangabeiras
  • Savassi

Lugares para visitar em Belo Horizonte: dia 2

  • Complexo Arquitetônico da Pampulha
  • Mineirão e Museu do Futebol
  • Mercado Municipal
  • Mercado Novo
  • Galeria São Vicente e Praça Raul Soares

Atrações em BH: dia 3

  • Feira Hippie (somente aos domingos)
  • Parque Municipal e Igreja de São José
  • Museu da Moda e Edifício Maletta
  • Praça da Estação e Museu de Artes de Ofícios
  • Mirantes do centro, com destaque para o Edifício Acaiaca
  • Viaduto Santa Tereza e Rua Sapucaí
  • Noite no bairro de Santa Tereza

Lugares para conhecer em BH: dias 4 e 5

Bate-volta para Inhotim, Sabará ou Ouro Preto (o ideal é dormir em OP).

Pontos turísticos de Belo Horizonte: as atrações imperdíveis

A lista de atrações abaixo não está por ordem de importância, mas para ter sentido geográfico e facilitar seu deslocamento. Monte seu roteiro conforme as sugestões no tópico anterior.

1. Praça da Liberdade

Para mim, essa é a Praça mais linda do Brasil.

A Praça da Liberdade foi planejada com a construção de BH e era um dos pontos mais altos da cidade na época em que a capital era concentrada dentro da Avenida do Contorno.

Praça da Liberdade - O que fazer em BH

Ali ficavam o Palácio do Governo e das Secretarias de Estado, todos em estilo arquitetônico neoclássico. Os jardins, no centro, têm traçado inspirado em Versailles, com palmeiras imperiais, coreto e bastante simetria.

Nas décadas de 1950 e 1960, Oscar Niemeyer modernizou a paisagem com a construção do Edifício Niemeyer, um prédio residencial com linhas curvas, e a Biblioteca Pública.

Praça da Liberdade, Belo Horizonte

A praça passou por uma revitalização há alguns anos. As secretarias de governo foram para a Cidade Administrativa (um complexo moderno e espelhado também desenhado por Niemeyer, que você pode ver no caminho para o Aeroporto de Confins).

Com isso, os prédios da praça viraram museus, formando o Circuito da Liberdade, o maior complexo cultural integrado do Brasil e que recebe cerca de oito milhões de visitantes por ano.

Todos os itens listados até o número 9, que é o Museu Mineiro, fazem parte desse circuito. Ou seja, você pode combiná-los com sua passagem pela Praça, conforme seu interesse pelos atrativos.

Quando ir: a qualquer hora do dia, mas perto do pôr do sol a praça é tomada pela algazarra das maritacas e tudo fica ainda mais bonito.
Preço: de graça.
Indicado para: qualquer situação. Essa é uma atração imperdível da cidade!

2. Memorial Minas Vale

Dos fantasmas que perambulam por BH à religiosidade do povo mineiro: tem de tudo no Memorial Minas Vale, que é um espaço interativo. As vilas e os escritores mineiros também são homenageados pelo espaço, que antes era a Secretaria da Fazenda.

Quando ir: De terça à domingo, com funcionamento noturno às quintas e fechamento mais cedo aos domingos. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, quer conhecer mais a história da cidade ou mesmo num dia de chuva. É um dos melhores museus de BH.

Atenção: o Memorial Minas Gerais foi fechado para reforma em 2024 e deve reabrir no segundo semestre de 2025. Até lá, o museu tem organizado exposições itinerantes em outros espaços de BH.

Veja também:
23 museus para visitar em Belo Horizonte
Conheça o Memorial Minas Gerais Vale

3. Museu das Minas e do Metal – Gerdau

Não é sem motivo que esse estado se chama Minas Gerais. Do ciclo do ouro aos diversos tipos de pedras que formam nosso solo, o Museu das Minas e do Metal é outra atração cultural importante da Praça da Liberdade, especialmente para crianças.

A experiência inclui descer (virtualmente, claro) numa antiga mina de ouro e tocar num meteorito.

Quando ir: de segunda à sábado, com funcionamento noturno às quintas. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, quer conhecer mais sobre os diversos minerais ou mesmo num dia de chuva. É um dos melhores museus de BH.

4. Centro Cultural Banco do Brasil

O CCBB de Belo Horizonte fica num prédio lindo e onde antes era a Secretaria de Segurança. Em 2023, o CCBB BH foi simplesmente o museu mais visitado da América Latina.

Embora tenha exposições permanentes, o destaque por ali são as temporárias – por isso fique de olho no calendário para ver a programação do CCBB BH. E isso vale também para o teatro, que vira e mexe recebe peças interessantes. No térreo há um pátio interno lindo onde funcionam um café e um restaurante.

Quando ir: de quarta à segunda, das 10h às 22h. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: Dependendo da exposição que estiver rolando, o CCBB entra pra listinha de atrações indispensáveis da cidade.

5. Espaço do Conhecimento da UFMG

O antigo anexo da Secretaria de Educação se transformou no Espaço do Conhecimento da UFMG. A principal exposição trata da origem da vida e da trajetória da humanidade, com foco em áreas como astrofísica, paleontologia, genética e arqueologia.

No prédio também funcionam um planetário e um terraço astronômico que tem telescópio para observação noturna.

Quando ir: de terça a domingo. Detalhes aqui.
Preço: de graça; já a visita ao planetário custa R$ 14.
Indicado para: quem gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou atividade à noite (consulte a programação). Também vale para quem viaja com crianças.

6. Palácio da Liberdade

Projetado para ser a moradia e local de trabalho dos governadores, o Palácio da Liberdade ainda tem funções cerimoniais, mas o governador não despacha mais dali.

O Palácio é aberto ao público de quarta a domingo, quando ocorrem visitas guiadas pelos jardins e também no interior do prédio.

Quando ir: de quarta a domingo
Preço: de graça
Indicado para: o Palácio é muito bonito e merece a visita, que dura cerca de uma hora. Vá!

 

7. Museu Mineiro

Funciona num prédio histórico e que já foi sede do Senado Mineiro, na Avenida João Pinheiro e pertinho da Praça da Liberdade.

O acervo conta com três mil peças, com destaque para a arte-sacra ou que contam a história de Minas e de Belo Horizonte. Por ali está também o quadro A Má Notícia, que faz parte da coleção de lendas urbanas de BH.

Quando ir: de terça a domingo. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou se é de BH, mas nunca visitou o espaço.

8. Coisas legais para fazer em Belo Horizonte: Passeio Páginas Viradas

Quer fazer um passeio realmente diferente por Belo Horizonte, não importa se você vai só visitar a cidade ou mora nela?

Eu organizo um passeio cultural chamado Páginas Viradas. Ao longo de três horas, percorremos uma BH que não existe mais, usando como fonte de informação os livros de Carlos Drummond, Pedro Nava, Fernando Sabino e companhia.

É uma viagem no tempo cheia de histórias incríveis e já esquecidas, sempre comparando a paisagem atual com fotografias antigas.

passeio diferente em BH

A Páginas Viradas, que já se chamou Boemia e Literatura nos anos 1920, foi até reportagem no G1, no jornal O Tempo, no Bom dia Minas e na Itatiaia.

Costuma ocorrer todo domingo e passa pela Igreja da Boa Viagem, Praça da Liberdade, Basílica de Lourdes, rua da Bahia, Avenida Afonso Pena, Viaduto Santa Tereza e rua Sapucaí. É um passeio para quem ama história e literatura. Verifique se há passeios abertos no Sympla do BH a Pé.

– Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para saber as datas disponíveis.
Quando ir: aos domingos de manhã, mas verifique disponibilidade para outras datas.
Preço: R$ 99, incluindo comes e bebes.
Indicado para: quem gosta de história e literatura e quer conhecer mais sobre BH.

9. Praça do Papa

A Praça do Papa tem como nome oficial Praça Israel Pinheiro. Porém, em 1980, quando o Papa João Paulo II visitou a cidade e celebrou uma missa no local, ele disse: “Que belo horizonte!”. Desde então o nome da praça mudou.

O Papa estava certo, a vista dali é incrível, já que a praça fica no alto da cidade.

Quando ir: a qualquer hora, mas de preferência perto do pôr do sol.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista.

Atenção: A Praça do Papa está fechada para reforma e só deve ser reaberta no segundo semestre de 2025. Em todo caso, vale passar lá e seguir para o Mirante Mangabeiras, o Parque do Palácio Mangabeiras ou para o Parque Serra do Curral, que ficam muito perto.

Leia também:
Mirante do Mangabeiras: a melhor vista de BH
Parque da Serra do Curral: passeio de natureza em Belo Horizonte

10. Mirante Mangabeiras

Carlos Drummond de Andrade, que morou cerca de 15 anos por aqui, chamava BH de “cidade coleção de pores do sol”. E um dos melhores locais para contemplar tanto horizonte é, sem dúvidas, o Mirante do Mangabeiras.

Espaço conhecido do belo-horizontino há décadas, nos últimos anos o mirante foi reformado. Ganhou um deck de madeira e mais segurança.

Quando ir: funciona todos os dias, das 9h às 18h, mas de preferência vá perto da hora do pôr do sol.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista. Se o dia estiver bonito, esse é um passeio imperdível em BH.

Mirante do Mangabeiras, Belo Horizonte

11. Parque das Mangabeiras

Também nos arredores da Praça do Papa fica o Parque das Mangabeiras, ao pé da Serra do Curral.

O parque tem 2,8 milhões de metros quadrados, muita área verde e várias nascentes de córregos. Ele foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx. É possível fazer uma trilha que leva para uma cascata e um lago.

Quando ir: de terça a domingo, das 8h às 17h.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre; quem viaja com crianças.

12. Parque Serra do Curral

Criado em 2002 e inaugurado quase uma década depois, o Parque da Serra do Curral tem 400 mil metros quadrados.

Além de um bom lugar para fazer um piquenique, principalmente na praça logo depois da portaria 1, o parque conta com trilhas de diferentes níveis de dificuldade, muita vida animal (125 espécies de aves foram identificadas ali) e 10 mirantes que permitem vistas incríveis da região.

As trilhas são curtas – espere gastar em torno de 40 minutos.

Quando ir: de terça a domingo, das 8h às 16h.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista. Se o dia estiver bonito e você gostar de fazer trilhas curtas no meio da natureza, então esse é um passeio imperdível em BH.

13. Savassi

Dá para ir para a Savassi a pé, partindo da Praça da Liberdade. Essa é uma das regiões mais movimentadas de BH e ali ficam vários bares, boates, lojas, restaurantes. E também muitos dos hotéis da cidade.

Leia também: Melhores bares de Belo Horizonte: 18 segredos da capital dos botecos

Há alguns anos, os governantes fecharam os quarteirões em volta da Praça da Savassi, que não é exatamente uma praça e sim um cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo.

Eu aconselho você a passar por ali de noite, ou no fim da tarde, e se juntar aos belo-horizontinos num bar na região.

Em busca de onde comer na Savassi?

Anote alguns endereços que não podem faltar:

  • A Pão de Queijaria (Rua Antônio de Albuquerque, 856)
  • Mercado da Boca (Rua Levindo Lopes, 124)
  • Quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque (conta com bares, restaurantes e sorveterias – bom para a noite)

Quando ir: à noite.
Preço: o que você comprar ou comer por lá.
Indicado para: Provar a gastronomia e a boemia de BH.

Além das dicas noturnas, aqui você encontra um guia de café da manhã, brunch, padarias e cafeterias em BH, várias delas na Savassi.

14. Complexo Arquitetônico da Lagoa da Pampulha

A Pampulha é uma região enorme de Belo Horizonte e que, até mesmo por estar um pouco mais distante dos outros pontos turísticos, merece um dia inteiro do seu roteiro.

A começar pela Lagoa da Pampulha, uma lagoa artificial que tem 18 quilômetros de orla – dá para andar de bicicleta, triciclo, correr e tentar avistar os jacarés ou as muitas aves que habitam a região.

o que fazer em belo horizonte

Ao seu redor, o antigo prefeito Juscelino Kubitschek encomendou de Oscar Niemeyer, nos anos 1940, um complexo arquitetônico que hoje é um Patrimônio Histórico da Humanidade segundo a Unesco.

São a Igreja de São Francisco de Assis (ou Igrejinha da Pampulha), o Museu de Arte da Pampulha – que na época da inauguração era um cassino, desativado em 1946 -, o Iate Clube e a Casa do Baile, que fica numa ilhota e hoje recebe o Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design.

A Igreja da Pampulha é de visita obrigatória, então não deixe de entrar. A Casa do Baile fica ainda mais linda ao pôr do sol, enquanto o Museu de Arte da Pampulha também está em processo de revitalização e fechado ao público. Alô, prefeitura, também falta um café na Casa do Baile, hein!

Não deixe de ler o texto sobre o Complexo Arquitetônico da Pampulha. Ali você encontra informações sobre os prédios e um roteiro completo pela região, que pode ser feito de carro ou alugando uma bicicleta.

Dica: comece a visita pela Igreja da Pampulha e de lá caminhe (ou vá de bike) até a Casa Kubitschek, que já foi residência do JK e hoje é um museu pequeno, mas interessante. Logo em frente fica um mirante com vista linda e onde JK costumava ancorar um barquinho.

Os mais esportistas vão topar o desafio de pedalar os 18 km da orla.

Quando ir: qualquer dia e horário
Preço: de graça; espere gastar entre R$ 20 e R$ 30 se resolver alugar uma bicicleta (recomendamos!).
Indicado para: Todo mundo. A Pampulha é um Patrimônio da Humanidade e este é um passeio imperdível de BH.
O que ver na Pampulha: Igrejinha, Casa do Baile, Casa Kubitschek, mirantes e o Mineirão, claro, que de tão grande merece o tópico a seguir.

Leia também:
6 ótimos restaurantes na Pampulha
Como é a visita à Casa Kubitschek

15. Mineirão e Museu do Futebol

Na Pampulha também ficam o Mineirão e o Mineirinho, os dois principais complexos esportivos de Minas Gerais e que também recebem eventos culturais.

Após a reforma para a Copa, passou a funcionar no Mineirão o Museu Brasileiro do Futebol. Não perca a oportunidade de conhecer o templo do futebol mineiro e campo do 7×1.

Quando ir: Importante lembrar que museu fecha se tiver jogo ou show no estádio.
Preço: R$ 50 para o ingresso no museu e visita guiada. E você sempre pode tentar acompanhar um jogo de futebol no Mineirão.
Indicado para: Quem ama futebol.

16. Nostálgicos FC: passeio gastronômico e cervejeiro por BH

Outra experiência do BH a Pé. Na Nostálgicos FC, também mergulhamos na história de BH e passamos por importantes pontos turísticos da cidade, como o Parque Municipal e o Mercado Central.

A Nostálgicos FC inclui paradas em três dos bares mais tradicionais de Belo Horizonte. Comemos petiscos mineiros que foram campeões do Festival Comida di Buteco e bebemos vários estilos de cervejas locais, da cervejaria Brüder

Nesse passeio, o pano de fundo para contar a história de BH é o surgimento do futebol na cidade, em 1904. É um programa ótimo para quem ama futebol, para quem só vê de vez em quando ou até quem nem se importa com o esporte, mas gosta de histórias curiosas.

Os grupos da Nostálgicos FC têm apenas 12 pessoas. Em geral, metade é fanática pelo esporte e a outra metade vai mesmo pela comida, pelas risadas e para conhecer BH de um jeito muito diferente. Verifique se há passeios abertos no Sympla do BH a Pé.

 – Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para conversar sobre as datas disponíveis. 
Quando ir: aos sábados, entre 10h30 e 15h.
Preço: R$ 160, com seis tipos de cervejas especiais e vários petiscos campeões do Comida di Buteco já inclusos no valor.
Indicado para: quem gosta de futebol, boas histórias e cerveja – ou simplesmente quem quer fazer um passeio muito legal em BH! 

16. Mercado Central

Você encontra de tudo no Mercado Central: artesanato, moda, frutas, queijos, cachaças, doces, bares e até animais – o setor que vende bichos vivos é polêmico e vira e mexe há movimentos que tentam tirá-lo dali.

O mais legal é que o Mercado Central não é um lugar “para turista ver”. Os belo-horizontinos de fato vão lá fazer compras e comer bem – o que significa que os preços não são inflados.

O que fazer em Belo Horizonte - Mercado Central

Vale a pena ir de manhã para tomar café coado com pão de queijo (anote aí: Comercial Sabiá) ou no almoço/tarde para provar quitutes vencedores do Festival Comida di Buteco e beber um cerveja em pé, no balcão, como manda o figurino.

Ahh, antes que eu me esqueça, o petisco típico do mercado é fígado com jiló.

Temos um post inteirinho dedicado ao Mercado Central, com dicas de quais lojas ver e o que vale a pena comprar por lá.

Quando ir: todos os dias, mas note que o mercado não funciona à noite e nem nas tardes de domingo ou de feriados.
Preço: o que você comprar ou comer por lá.
Indicado para: Todo mundo. Esse é um passeio imperdível de BH.

18. Mercado Novo

Era uma vez uma garagem de bondes que virou mercado. Apelidado de Novo, para contrastar com o velho Mercado Central, o espaço nunca engrenou.

O Mercado Novo chegou em 2018 como toda coisa velha: sujo, pouco frequentado e como um grande espaço ocioso do centro da cidade.

Até que uma cervejaria, a Viela, se mudou pra lá, apostando no endereço. O que aconteceu então foi extraordinário: o Mercado Novo renasceu dos escombros, com dezenas de bares, restaurantes, cafés e lojas dos mais diversos tipos.

Como o espaço ficou fechado e parado no tempo, a decoração do lugar – de todas as lojas, diga-se – remete a décadas passadas.

Não é só meu bairrismo falando, juro: não há nada no Brasil igual ao Mercado Novo de Belo Horizonte.

Dica importante: o primeiro andar do Mercado Novo tem uma série de lojas de legumes, produtos gerais e botecões com cara de centro. Esse não é seu destino! Para ir ao Mercado Novo mesmo você precisa subir a rampa e procurar os andares superiores.

Mercado Novo de BH - Corredores

Quando ir: as lojas têm horários diversos e funcionam todos os dias, mas vá à noite ou em finais de semana pra entender realmente o que é o Mercado Novo.
Preço: o que você comer.
Indicado para: qualquer pessoa. Esse é um passeio imperdível de Belo Horizonte. Pode ser combinado com o Mercado Central, que fica a cinco minutinhos de caminhada.

Veja também: Mercado Novo de BH – como a cidade ressignificou um velho espaço

19. Passeio Minas é Muitas

Um passeio gastronômico pelas regiões de Minas e que mostra como um Estado pode ser vários ao mesmo tempo.

Esta experiência foca em comida ancestral, de origem, ingredientes típicos, enfim: a alma mineira traduzida em um roteiro culinário por dentro do Mercado Central e do Mercado Novo.

O passeio inclui degustações de pão de queijo recheado, broa com queijo, biscoitos tradicionais, compotas doces, bolinho de feijão, queijos curados, limonada, licores, vinho mineiro, café. Inclui também uma lembrança bem legal de Minas. Verifique se há passeios abertos no Sympla do BH a Pé.

 – Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para conversar sobre as datas disponíveis. 
Quando ir: aos sábados, entre 9h e 12h.
Preço: R$ 160
Indicado para: Quem quer mergulhar na gastronomia mineira e conhecer mais a história dos Mercados da cidade. 

20. Parque Municipal

Principal área verde do centro de Belo Horizonte, o Parque Municipal fica na Avenida Afonso Pena, de frente para a prefeitura e ao lado do Palácio das Artes.

São 180 mil metros quadrados de vegetação, mas o parque já chegou a ser quatro vezes maior. 

Tem lagos (com possibilidade passeio de canoa), um parque de diversões, pistas de caminhada e muito verde.

Quando ir: de terça a sábado, de 7h às 21h, ou aos domingos, de 7h às 17h. Pode ser uma boa ideia combinar a visita com a Feira Hippie, que só ocorre aos domingos.
Preço: de graça
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre.

Parque Municipal, BH

21. Palácio das Artes

O Palácio das Artes é um complexo cultural de Belo Horizonte que fica no centro da cidade, na Avenida Afonso Pena.

Ali tem teatro, cinema, shows, concertos e exposições temporárias e permanentes. Se você estiver com visita agendada para BH, confira a programação do Palácio, porque grandes são as chances de alguma coisa legal estar em cartaz.

Quando ir: de terça a domingo.
Preço: verifique a programação.
Indicado para: se você gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou dependendo da atração.

22. Feira Hippie

Uma feira de rua enorme, onde você encontra de tudo o que imaginar: arte, moda, decoração, bijuterias, comidas e muito mais.

Ocorre aos domingos, quando parte da Avenida Afonso Pena é fechada para receber os feirantes.

Quando ir: domingo, das 7h às 14h.
Preço: Só o que você comprar.
Indicado para: quem gosta de feiras desse tipo.

23. Edifício Acaiaca

Prédio mais icônico de BH, o Acaiaca fica ao lado do Parque Municipal e de frente para a Igreja de São José, que também é linda.

O terraço do prédio, que por anos ficou abandonado, passou por uma revitalização e tem recebido atrativos diversos. Um deles é a experiência Terraço Acaiaca, que ocorre em dias específicos e envolve tomar um aperitivo na hora do pôr do sol. No porão do prédio há um bunker construído durante a Segunda Guerra Mundial e que agora virou atração turística.

Quando ir: consulte a programação.
Preço: A partir de R$ 25.
Indicado para: Quem curte passeios com vista e mirantes urbanos.

24. Museu de Artes e Ofícios e Praça da Estação

A partir da Praça Sete, que é o hipercentro de BH e fica na Avenida Afonso Pena, desça três quarteirões da Avenida Amazonas e você chegará à Praça da Estação.

Lá fica um prédio bonito e antigo, de 1922, que abrigava a estação de trem, que ainda funciona – essa também é uma das estações do metrô.

Dentro do prédio funciona o Museu de Artes e Ofícios, que tem uma coleção focada no trabalho.

Durante o verão, vale verificar se não está rolando a Praia da Estação, um movimento que ocupa o espaço e transforma as fontes em banho de mar.

Quando ir: de terça a sábado, combinando com o horário de funcionamento do museu.
Preço: de graça.
Indicado para: O Museu de Artes e Ofícios é um dos melhores da cidade. A praça é bonita e, se você der a sorte de estar rolando a Praia da Estação, pode ser um programa bem interessante.
Importante: Evite a Praça tarde da noite, exceto em dias de shows e eventos ali.

Funciona de terça a domingo. Confira os valores e horários de funcionamento do museu.

25. Rua Sapucaí e Viaduto Santa Tereza

A rua Sapucaí é uma das mais antigas de Belo Horizonte. Localizada atrás da Praça da Estação, a região foi a primeira favela da cidade, ocupada pelos operários que construíram a capital, mas não encontram lugar dentro dela.

Abandonada, por anos a Sapucaí foi um lugar onde pouca gente ousava passar. Só que a rua, justamente por ter um largo em frente, tem uma das vistas mais bonitas do Belo Horizonte.

A rua foi redescoberta na década de 2010. Hoje, está repleta de restaurantes, bares e fica lotada noite sim, outra também. As pinturas do Cura, festival que enche de arte os prédios do centro, tornaram o visual ainda melhor. Em 2024 a rua Sapucaí foi fechada para carros e transformada definitivamente em mirante.

Quando ir: do almoço ao jantar, mas com destaque para o happy hour do pôr do sol.
Preço: Só o que você comprar.
Indicado para: todo mundo. Comer e beber num restaurante da Sapucaí, na hora do pôr do sol, é hoje um passeio imperdível de BH.

Veja também: Rua Sapucaí, em BH: restaurantes, mirante urbano e história

Outros passeios em Belo Horizonte

Os lugares listados até aqui não esgotam as atrações de Belo Horizonte. Quem já visitou BH em outras ocasiões ou vive na cidade tem mais alternativas de lazer e turismo. Por exemplo:

Gastronomia e boemia

  • Os restaurantes fazenda da Pampulha, como o Xapuri e o Paladino
  • Os bares e sebos do Edifício Maletta
  • O Mercado Distrital do Cruzeiro
  • O  Bairro Santa Tereza – onde surgiu o Clube da Esquina e o Sepultura
  • A Galeria São Vicente, com vista para a Praça Raul Soares, e a Galeria Central, com vista para a Praça da Estação – as duas estão cheias de restaurantes e bares
  • Os cafés, baladas e bares nos terraços da Afonso Pena, como o No Alto, o Mira! e o Niê

Parques, praças e áreas verdes

  • O Jardim Zoológico, o Jardim Botânico e Aquário do rio São Francisco
  • O Parque Guanabara, com direito a vista da roda-gigante
  • O Parque Ecológico da Pampulha, com trilhas e muito verde
  • As praças da Assembleia, Raul Soares e Floriano Peixoto
  • O Mirante Amilcar Martins, para quem já conhece o das Mangabeiras

Museus e Arquitetura

  • As várias igrejas da Cidade, como Boa Viagem, Lourdes, São José e Capela do Rosário
  • Museu da Moda
  • Museu Inimá de Paula
  • O Museu Abílio Barreto, última casa de Curral del Rei, a Belo Horizonte colonial
  • O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, para passeios na natureza
  • O Presépio do Pipiripau, dentro do Museu de História Natural da UFMG
  • O Museu de Ciências Naturais da PUC
  • O Museu Giramundo
  • As belezas da paisagem e da arte do Cemitério do Bonfim, de preferência numa visita guiada (veja programação aqui).
  • Casa Fiat de Cultura
  • Centro de Artes Popular da Cemig

Atrações de bate-volta de Belo Horizonte

O Instituto Inhotim é um centro de arte contemporânea que fica perto de Belo Horizonte e atrai cerca de 350 mil turistas por ano – quase o mesmo número de visitantes que passam por Ouro Preto.

Mas, além da arte, o Museu Inhotim também é parque: seus jardins são tão incríveis que já valem a visita. E a arte está não apenas nas galerias, mas também espalhada pelos jardins.

Localizado em Brumadinho, o Inhotim fica a 60 quilômetros de Belo Horizonte.

Veja todas as nossas dicas sobre o Inhotim:
Museu Inhotim: como visitar, dicas, horários e ingressos
Inhotim, Ouro Preto e Belo Horizonte: Roteiro de 4 dias
Como chegar em Inhotim: ônibus, carro e van
Onde ficar em Inhotim: dicas de hotéis

Além do Inhotim, outras atrações que funcionam muito bem no esquema bate-volta a partir de BH são as cidades históricas de Sabará e Congonhas e também o Santuário da Serra da Piedade.

Como se locomover em Belo Horizonte

O metrô de BH é bem limitado. Com isso, existem três jeitos de se locomover em Belo Horizonte: a pé, de ônibus ou de carro/táxi/aplicativo

Você pode alugar um carro. Essa opção é a melhor caso você também pretenda conhecer os arredores.

Se decidir alugar um veículo, sugerimos que você pesquise e reserve antes numa comparadora de locadoras, a fim de garantir o melhor custo/benefício. Para isso, indicamos a Rentcars, parceira do blog que oferece descontos e vantagens no aluguel.

Quem chega no Aeroporto de Confins tem a opção de pegar um uber até a cidade, que custa em média 100 reais para a região da Savassi e 80 para a Pampulha.

Também dá para pegar o ônibus executivo chamado Conexão Aeroporto, que custa 45 reais e te deixa no Bairro de Lourdes, perto do Centro, em 50 minutos

Vida cultural e festivais em Belo Horizonte

BH ainda tem outros museus, centros culturais e vários festivais de dança, teatro, música e gastronomia ao longo do ano.

Alguns dos destaques anuais são o festival Sensacional, o Breve, em maio e o Sarará, em agosto, todos com shows de grandes artistas nacionais. O Festival MECAInhotim e o Planeta Brasil também atraem turistas para BH.

Entre julho e setembro ocorre a Virada Cultural de BH, quando as ruas do centro se enchem de palcos com programação por três dias.

Já o Cura, Circuito de Arte Urbana, promove mesas de debates, feiras de arte, festas e ações especiais sempre dialogando com a arte urbana e a cultura de rua.

E, claro, não poderíamos deixar de falar do Carnaval de BH, um dos três maiores do país (e sem dúvidas um dos mais divertidos também). A cidade respira carnaval o ano inteiro, mas é em janeiro e fevereiro que podemos ver os blocos na rua.

Veja aqui o guia completo de como participar do carnaval de BH.

*Crédito Imagem Destacada: Marcelo Rosa/Divulgação Belotour

Inscreva-se na nossa newsletter

5/5 - (11 votos)

Compartilhe!







Eu quero

Clique e saiba como.

 




Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

  • 360 nas redes
  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
  • Twitter

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

20 comentários sobre o texto “O que fazer em Belo Horizonte: 24 pontos turísticos e passeios imperdíveis

  1. Boa noite Rafael.
    Estou pretendendo conhecer BH, juntamente com minha esposa e mais um casal.
    Será que eu consigo um guia de turismo para nos acompanhar por um ou dois dias?

Carregar mais comentários
2018. 360meridianos. Todos os direitos reservados. UX/UI design por Amí Comunicação & Design e desenvolvimento por Douglas Mofet.
5 cidades próximas de Belo Horizonte para conhecer Onde beber em BH: dicas da capital dos botecos 5 pratos típicos da comida mineira O que fazer em Belo Horizonte: 7 passeios imperdíveis Passeio diferente em Belo Horizonte
5 cidades próximas de Belo Horizonte para conhecer Onde beber em BH: dicas da capital dos botecos 5 pratos típicos da comida mineira O que fazer em Belo Horizonte: 7 passeios imperdíveis Passeio diferente em Belo Horizonte