Os templos gregos e as ruínas romanas de Paestum, na Itália

Visitar Paestum, uma vila no Sul da Itália, na costa do mar Tirreno, é ter a chance de viver a emoção e o encantamento de entrar e ver de pertinho as ruínas de templos grego bem preservadas. Sim, gregos. Em plena Itália.

Nesse post, te contaremos tudo sobre como é visitar Pesto, Itália, do sítio arqueológico – com os templos de Hera, Atena e Poseidom – ao museu. Também um pouco mais sobre a história dos templos e dos povos que habitaram a região. E claro, todas as dicas de como chegar lá a partir de Nápoles ou da Costa Amalfitana, onde comer e onde ficar.

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História de Paestum, Itália: da Grécia a Roma antiga

Essa história começa na Magna Grécia, nome das as antigas colônias gregas no sul da Itália, no século 8 a.C., que se estenderam pelas regiões da Campania, Puglia, Basilicata, Calabria e Sicilia.

Por volta de 600 a.C, a Poseidonia foi fundada. Seu nome é uma homenagem ao Deus dos Mares, Poseidon. Ali, construíram distritos residenciais e áreas públicas centrais com templos e outros espaços sagrados e políticos. Tudo isso ficava no grande praça chamada de Ágora.

Por volta do século 5, uma tribo do povo Lucano, tomou o poder dos gregos. Eles mudaram o nome da cidade para Paistom, mas não mudaram quase nada no mapa da cidade. Até mesmo o idioma continuou sendo o grego.

Em 273 a.C, chegaram os romanos e, eles sim, transformaram a cidade. A área da Ágora precisou se alterada para a construção de um Fórum Romano, centro da vida pública.

Várias alterações também foram necessárias para apagar as memórias de uma cidade grega: o heroom, um túmulo simbólico e sagrado, foi coberto por uma construção e enterrado. O ekklesiasterion, que era dedicado a reuniões políticas, foi simplesmente coberto.

Os templos gregos, porém, tiveram mais sorte. O culto a Atena, que é a deusa Minerva para os romanos, por exemplo, continuou. E os demais grandes templos também foram mantidos e adaptados. De Poseidom a Netuno e de Hera a Juno.

E, por fim, o nome da cidade foi de Poseidonia a Paestum (ou Pesto, em português).

Do final da Idade Antiga até o início da Idade Média, os Templos de Paestum foram transformados em lugares para celebrar a fé cristã. Porém, com o avanço da Idade Média, a população abandonou essa região e foi para a área das montanhas.

A partir de meados do século 18 as ruínas foram redescobertas e ao longo dos séculos seguintes outras áreas arqueológicas, como cemitérios e artefatos, também foram encontrados.

Paestum, Itália: mapa da área arqueológica

Toda a área da antiga cidade de Paestum ocupa 120 hectares, mas somente 25 hectares foram escavados e são visitáveis, com os três templos e algumas ruínas romanas do fórum e de residências. O resto são terras privadas. Também está de pé parte das muralhas de defesa: cerca de 4.750 metros.

Visita a Paestum: templos, ruínas e museu

A visita a Pesto custa inclui a entrada na área arqueológica e ao museu. O ingresso custa €7,50 – com descontos para jovens com menos de 24 anos e famílias.

Na área arqueológica, o grande destaque, sem dúvida, são os três grandes templos gregos:

• Templo de Hera

O mais antigo deles é conhecido como Basílica. É um templo dedicado à deusa Hera. Sua construção começou a ser feita em torno de 560 a.C. É um dos poucos templos desse período arquitetônico preservado em tão boas condições. Há algumas inscrições que sugerem que esse era um templo dedicado a outro deus grego, Apolo.

• Templo de Atena

O templo de Atena, ou Templo de Ceres, é o único que se tem certeza sobre qual a deusa era dedicado. Fica sozinho no ponto mais alto da cidade e é o primeiro que você verá quando entrar na área arqueológica. Foi construído por volta de 500 a.C.

Não é permitido entrar nele.

• Templo de Poseidom

O maior templo de Paestum é o que está localizado entre os outros dois. Construído na metade do século 5 a.C., tem todas as características de um templo grego clássico. Por exemplo, o templo de Zeus, na Grécia, foi construído na mesma época, mas está bem menos conservado.

Por volta do século 18, muitos pensavam que esse templo era dedicado a Netuno/Poseidon, por conta do nome da cidade. Porém, arqueólogos acreditam que poderia ter sido dedicado a Hera ou Apolo.

Dentro do museu há um filme que mostra como seria o templo na época dos gregos: paredes brancas, pinturas vermelhas e azuis. Tudo muito diferente das colunas que sobreviveram em pé.

Museu Nacional Arqueológico Paestum

É no Museu Arqueológico de Paestum que dá para entender boa parte da história das ruínas, além de encontrar uma coleção de artefatos que vão desde a pré-história até a Idade Média, todos escavados em Paestum e arredores, principalmente de cemitérios milenares.

É um museu pequeno e bem montado. A parte mais interessante são alguns túmulos de pedra pintados, tudo do tempo dos gregos e lucanos.

O mais famoso deles é a “Tumba do Mergulhador”, uma tumba construída em algum ponto entre 480/470 a.C. e que é a única evidência de uma pintura grega do século 4, para além de vasos. O homem nu mergulhando no oceano representa uma transição da vida para a morte.

O horário de abertura do museu e área arqueológica é de 8h30 às 19h30. Na primeira e terceira segunda-feira do mês, o horário de fechamento é as 13h40. Para fazer uma visita guiada, você pode clicar aqui para checar opções de guias de turismo em Pesto.

Como chegar em Pesto, Itália

A estação de trem de Paestum fica a uns 10 minutos de caminhada da área arqueológica. É um caminho fácil de fazer. Basta sair da estação e seguir reto. Você vai passar pelas antigas muralhas da cidade e seguir por uma estradinha com árvores.

Os trens regionais até lá são baratinhos. Saindo de Salerno, na Costa Amafitana, a viagem custa €2.90 (30 minutos). Já saindo de Nápoles, a viagem fica por €6.50 (1 hora). Você pode comprar o bilhete diretamente na estação de trem, mas dá para checar os horários no site da Trenitalia.

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Outras coisas para fazer em Paestum, no Sul da Itália

Apesar da grande atração da vila ser o parque arqueológico, há outras atrações nessa cidadezinha.

• Segunda Guerra Mundial e praias

Paestum é um destino interessante para quem curte histórias da Segunda Guerra Mundial. Foi lá que aconteceu a “Operação Avanlanche”, o desembarque das tropas norte-americanas para a invasão da Itália em 1943. Uma batalha de nove dias contra os alemães ocorreu, e os militares fizeram suas barracas nos templos.

Inclusive, é possível fazer um tour guiado com um especialista nessa história. O tour está disponível em Espanhol, Inglês, Francês, Alemão e Italiano.

As praias onde aconteceram os desembarques também são apropriadas para banho. São 15 km de costa. A praia mais próxima do sítio arqueológico é Liccinella, onde você encontra bunkers e outras memórias da guerra.

• Parque Nacional de Cilento

Paestum fica entre o mar e o Parque Nacional de Cilento. Essa é uma região montanhosa, com belas paisagens e grandes tradições culinárias. Ali se produz vinhos e queijo muçarela de búfala.

Dá para fazer um passeio gastronômico pela região, com um menu de produtos típicos da Campânia.

Onde ficar em Paestum: dicas de hospedagem

Se você tiver interesse em explorar para além dos templos de Pesto, como a história da Segunda Guerra ou a região de Cilento, vale a pena ficar hospedado em Paestum.

Se você só for fazer um bate-volta em Paestum, não deixe de ver as nossas dicas práticas de hospedagem para Nápoles ou para a Costa Amalfitana.

Segue abaixo uma lista de bons hotéis na cidade:

Próximos ao parque arqueológico:

Hotel Villa Rita, 3 estrelas, nota 9, com piscina
Casa Rubini, pousada, nota 9.1
Il Granaio dei Casabella, 3 estrelas, nota 9.4

Próximo a estação de trem:

Portasirena Agriturismo, fazenda, nota 9

Próximo à praia:

Hotel Poseidonia Mare, 3 estrelas, nota 9.3, com praia privativa
Mec Paestum Hotel, 5 estrelas, nota 8.6, com vista para o mar mar, piscina e praia privativa

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