O Louvre é o museu mais visitado do mundo – todos os anos, cerca de nove milhões de pessoas passam por lá. Essa é a primeira coisa que você deve ter em mente quando planejar sua visita: vai ser cheio e pode ter fila para comprar ingresso ou entrar.
A segunda informação mais importante é que esse também é um dos maiores museus do mundo, com mais de 60 mil metros quadrados de galerias recheadas com algumas das obras de arte mais importantes da humanidade. Ou seja, se você quiser ver tudo, vai ter que reservar muitas horas e ter bastante fôlego para percorrer tantos corredores.
Um pouco da história do museu
O prédio que abriga o museu, o Palácio do Louvre, fica no 1st arrondissement, à beira do Rio Sena. Esse palácio foi construído no século 12, pelo rei Felipe II, como uma fortaleza. Nesses oito séculos de existência, passou por muitas transformações até chegar no prédio que hoje é um dos cartões-postais mais conhecidos de Paris. Já foi, por exemplo, residência real e reformado para estilo renascentista na mesma época em o rei Francis I pendurou a Mona Lisa nas paredes do palácio pela primeira vez.
Quando o rei Luis XIV se mudou para Versailles, no século 15, o Louvre passou a ser residência de artistas. No entanto, as iniciativas para transformar o Palácio do Louvre numa galeria de artes pública começaram só 300 anos mais tarde. A ideia foi finalmente concretizada com a Revolução Francesa. O Museum Central des Arts foi inaugurado em 10 de agosto de 1793.
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As conquistas do imperador Napoleão I enriqueceram ainda mais o acervo do museu, mas com a queda do Império em Waterloo, em 1815, as nações que haviam sido dominadas reclamaram seus tesouros de volta e o museu perdeu boa parte de suas obras. Os quatro cavalos de bronze que ficam na fachada da Basílica de São Marcos, em Veneza, estiveram no Louvre entre 1808 e 1815, ano em que foram devolvidas.
Mas o Louvre não se abalou! Nos anos seguintes, os governantes foram aumentando novamente a coleção, com obras históricas importantes, como as galerias egípcia, grega, romana e etrusca. Novas partes da construção foram anexadas ao palácio original. Em 1882, o Palácio das Tulherias foi demolido e o Louvre moderno, como conhecemos, nasceu.
Durante a Segunda Guerra, todas as obras importantes foram enviadas para palácios no Vale do Loire. Mesmo estando bastante desfalcado, o museu foi aberto em 1940, durante a ocupação germânica. Mas as obras só voltaram a seus lugares em 1945, depois do fim da guerra.
Já a famosa pirâmide de vidro em frente ao Louvre só foi inaugurada em 1989, obra do arquiteto chinês Ieoh Ming Pei, que também liderou uma grande reforma no museu, como a construção da entrada central que liga as três alas principais. A princípio, os franceses detestaram a ideia, mas, depois que a obra terminou, ela passou a ser celebrada. Até hoje, o museu passa por trabalhos de renovação e transformação.
As coleções do Louvre
O Museu do Louvre é dividido em três alas: Richelieu, Sully e Denon. Cada uma dessas alas tem diferentes níveis e salas. Ao todo, são mais de 380 mil objetos e 35 mil peças de arte divididas entre coleções. Quando você planejar sua visita ao palácio, tenha em mente quais coleções te interessam mais e tente visitá-las primeiro (os links nos nomes das coleções direcionam para a página oficial do museu com explicações detalhadas de cada uma).
Antiguidades Orientais: Tem peças de até 7 mil anos a.C, de áreas como Mesopotâmia, Irã Antigo e a região conhecida como Levante, que incluí áreas de Israel, Jordânia e Síria. Ocupam o térreo, nas alas Richelieu e Sully.
Antiguidades Egípcias: Contém arte do Egito Antigo, com percursos cronológico e temático. Inclui peças que vão da pré-história, 4 mil anos a.C. até o período cristão, no século 4 d.C. São 30 salas, divididas nos 3 andares da ala Sully. No mezanino da ala Denon fica uma seção dedicada ao Egito Copta
Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas: Essa coleção mostra peças de arte das três civilizações. É organizada por período cronológico, que vai da era neolítica (4 milênio a.C.) até o século 6 d.C. Ocupam o mezanino e térreo do Denon e no térreo (onde fica a Vênus de Milo) e primeiro andar do Sully.
Oriente Mediterrâneo no Império Romano: São coleções romanas dos três últimos departamentos, com peças de arte que mostram a evolução dessas sociedades sob domínio romano. Fica no Mezanino da ala Denon.
Artes Islâmicas: Esse departamento foi aberto em 2012 e contem cerca de 3 mil objetos contando mais de mil anos de história de uma área que vai da Espanha ao sudeste asiático. Fica no Mezanino da ala Denon.
Esculturas: Tem peças de esculturas europeias do século 5 ao 19. Divididas por países, ocupam boa parte do museu, nas alas Richelieu e Denon, no mezanino e térreo. Destaque para “Os Cavalos de Marly”, de G. Costou (foto acima), que fica perto da entrada Richelieu. A Galeria Apolo fica no primeiro andar da ala Denon.
Objetos de Arte: Essa coleção tem uma grande variedade de objetos que datam desde o início da Idade Média até a primeira metade do século 19. Tem peças como jóias, pratarias, objetos de marfim, bronze, cerâmica e móveis. É ali que ficam os “Apartamentos de Napoleão III”. Ocupa todo o primeiro andar da ala Richelieu e parte do mesmo nível do Sully (é onde ficam objetos de arte dos séculos 17 e 18, área temporariamente fechada para renovações e reabertura prevista para 2014).
Pinturas: Essa coleção tem mais de 7 mil trabalhos, abrangendo todas as escolas europeias desde o século 13 até 1848. Ocupa praticamente todo o primeiro andar da ala Denon. Ali ficam a “Mona Lisa”, a “Consagração do Imperador Napoleão I” e “As bodas de Caná, de Veronese”. Também ocupa todo o segundo andar das alas Richelieu e Sully.
Artes Gráficas: Nessa área ficam desenhos, rascunhos, impressões, manuscritos e litografias. Essas coleções ficam em galerias pequenas, distribuídas no primeiro andar da ala Denon e no segundo andar da ala Sully.
No térreo, próximo à entrada da Porta dos Leões, fica uma seção de artes da África, Ásia, Oceania e Américas, aberta desde o ano 2000. No mezanino da ala Sully ficam duas salas que mostram a história do palácio do Louvre, assim como um percurso arqueológico. Embaixo da Pirâmide, no Hall Napoleão, fica uma sala de exposições temporárias, com entrada paga separadamente.
Informações práticas sobre o Museu do Louvre
– O Museu do Louvre fica aberto todos os dias, exceto na terça-feira. O horário de funcionamento é de 9h às 18h na segunda, quinta, sábado e domingo. Na quartas e sextas-feiras o museu fica aberto até às 21h45.
– De outubro a março, no primeiro domingo de cada mês, o acesso à coleção permanente é gratuito.
– O museu tem três entradas, a Piramide e Galerie du Carrousel (principal), a Passage Richelieu e a Porte des Lions. Caso encontre fila em alguma, tente entrar por uma das outras.
– O mapa do museu é distribuido gratuitamente e existe uma versão em português, que você também pode conferir em PDF, no site.
– Na bilheteria, a entrada custa 15 euros. Online, o ingresso saí por €17.
– Tem direito a entrada gratuita: menores de 18 anos; deficiente físico e seu acompanhante; residentes da União Européia de 18 a 25 anos; professores de artes; artistas afiliados à Maison dês Artistes ou à AIA.
– Estão disponíveis para aluguel gratuito cadeiras de roda e bengala. O museu também disponibiliza um mapa especial para deficientes físicos com indicações de áreas adaptadas e elevadores.
– É possível baixar aplicativo de audioguide para Iphone e Android. É gratuito. Mais informações aqui.
– No site oficial do museu é possível conferir a agenda de eventos especiais do Museu e também informações específicas sobre os tours guiados, que precisam ser reservados com antecedência.
– Para quem não está em Paris, o site oficial do museu disponibiliza um tour online.
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Luiza, poderia me passar o nome do app audio guide? o link deixado abre uma página dizendo que não há autorização para exibi-la.
Oi Luciele,
Acabei de conferir no site do Louvre, eles estão reformulando o sistema de audioguias e devem lançar a app para Android e iPhone no final de abril.
Quando sair eu atualizo o post.
abraço