Com mais de seis mil quilômetros de litoral e a mais comprida cadeia de montanhas do mundo, o Chile tem de tudo um pouco: ali há neve e o deserto mais seco do planeta, praias e glaciares sem fim. Tanta variedade tem seu peso também na comida chilena.
De frutos do mar a pratos andinos, não faltam opções para uma das melhores partes de qualquer viagem – a hora de encher a pança. Neste texto, falaremos sobre as comidas típica do Chile, destacando alguns de seus pratos mais importantes.
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Comida chilena: 8 pratos típicos
Frutos do mar
Com um litoral tão extenso, é claro que boa parte da culinária chilena vem do mar. Ao desembarcar em Santiago, prepare-se para se deliciar com peixes e afins.
Um dos peixes mais comuns por ali é o côngrio-rosa, que também existe no Brasil, sobretudo no litoral da região sul e em parte da sudeste, mas que é muito mais comum do outro lado da América do Sul. No Chile, o côngrio costuma ser servido assado, com legumes e azeite. Também pode ser o ingrediente principal de caldos.
Embora o côngrio seja uma boa opção para começar os trabalhos, não se limite a ele. Então não torça o nariz para frutos do mar, tipo as ostras. O salmão é outro item onipresente por ali, afinal o país é o segundo maior produtor do peixe no mundo.
Além disso, não dá para não citar o ceviche à chilena, versão do prato peruano, bastante comum no Chile também.
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Lomo a lo pobre
Batata frita, salada, bife de boi e um baita ovo, de preferência com gema mole, para acompanhar. Esse é o lomo a lo pobre, um dos pratos mais típicos do Chile – e um dos que mais lembram a culinária verde e amarela.
O prato, que também existe no Peru, pode ser encontrado nos mais diversos estabelecimentos, desde aqueles restaurantes de chefs renomados até qualquer representante da baixa gastronomia. É uma das melhores opções para o viajante com paladar menos disposto a inovações. Para quem evita carne vermelha, há versões cujo ator principal é um peixe ou frango.
Por Larisa Blinova, Shutterstock.com
Empanadas chilenas
As empanadas passam longe de serem exclusividade chilena, mas certamente têm lugar de destaque na gastronomia do país. Esse salgado está presente nos mais diversos estabelecimentos e refeições e existe com recheios variados.
Há empanadas de frango, carne, peixe e vegetarianas, mas a mais tradicional é a de pino, que tem carne moída, azeitona, ovo e cebola. Se o consumo de empanadas já é grande em todo o ano, a onipresença da receita aumenta em setembro, o mês das festas pátrias das quais a empanada é o prato principal.
Curanto
Vamos para o sul? Prato símbolo de Chiloé, arquipélago com 150 mil habitantes, o curanto alimenta um batalhão. Os preparativos envolvem um buraco de meio metro feito na terra, preenchido com pedras, que são aquecidas com uma fogueira.
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Pisco Peruano ou chileno, pra mim tanto faz
Acima das pedras são colocadas folhas aromáticas, que servem de recipiente para a comilança: carnes de todos os tipos, do boi ao frango, do porco aos mariscos, junto com batatas e vegetais. O prato, que obviamente é pesado, tem sabor defumado. Testemunhar sua preparação é tão interessante quanto comê-lo.
Vai um completo?
Se for completo, completo mesmo, então tem abacate. O completo é o x-tudão, o cachorro-quente chileno, uma das mais tradicionais comidas de rua, presente em qualquer saída de balada.
Esse é o completo, cuja preparação tem, bem, tem tudo que você poderia imaginar. Pão, salsicha, tomate, legumes em conserva, molhos diversos, maionese e, claro, abacate, numa combinação colorida à la bandeira italiana. Tá aí um prato típico chileno que é barato, alimenta bem e é muito fácil de encontrar.
Por Ildi Papp, www.shutterstock.com
Cazuelas
A palavra cazuela significa prato, ou o recipiente de barro em que o ensopado é servido – essa é uma receita de origem espanhola que se espalhou pela América do Sul.
Além da carne, que é o ingrediente principal, o prato pode ter batata, arroz ou farinha de milho, tudo servido num grande caldo. E uma curiosidade: nos Andes é normal que a carne da cazuela seja de lhama, embora a receita mais tradicional seja mesmo com carne bovina.
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Culinária do Chile: as bebidas típicas
Vinho chileno
De um lado está a cordilheira, do outro o Oceano Pacífico. Ao norte, a barreira natural é o Atacama, enquanto ao sul está a gelada Patagônia. São essas as proteções naturais que fazem do território chileno um dos mais diferentes do mundo – e que força o governo a controlar com mão forte a entrada de produtos de origem animal e vegetal no país, afinal qualquer praga pode ser um problema grave por ali.
É também essa configuração geográfica que faz do Chile um lugar especial para a produção de vinhos, como bem sabe qualquer pessoa que passeia entre as prateleiras de bebidas de um supermercado no Brasil. Por aqui, sobram vinhos chilenos. É isso que faz com que certas vinícolas sejam quase pontos turísticos para brasileiros – o caso mais famoso é o da Concha Y Toro. Se estiver no Chile, aproveite para provar vinhos diversos. E preste atenção num tipo de uva em especial, a Carmenere.
Uva originária da França e usada na fabricação do vinho tinto, a Carmenere foi atacada por uma praga no século 19 e passou quase 100 anos sendo considerada extinta. Foi só em 1994 que um especialista percebeu que a uva ainda existia no Chile, onde era confundida com a Merlot. Hoje, vem do Chile a maior parte da produção mundial de vinhos Carmenere.
Pisco
Conhecida como aguardente de uva (lembra a cachaça), o pisco é usado em diversas misturas e faz sucesso mundo afora, mas é motivo de polêmica entre o Chile e o Peru. O problema é que os dois países lutam pela “patente” da bebida.
Os peruanos garantem que o pisco, cujo nome teria origem inca, se originou em seu território, enquanto os chilenos não apenas contestam isso, mas garantem que hoje a produção é maior e mais importante por ali. Portanto, não se meta em confusão: entre um pisco e outro, quando estiver no Chile, sempre garanta que a bebida chilena é melhor.
E não se sinta um hipócrita se fizer o contrário quando visitar o Peru.
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ah ah ah 🙂
Acho mesmo que a qualidade do pisco peruano é melhor, porque a produçao é mais artesanal -:-)
Mas confesso que sou casada com um Peruano 🙂
Saludos de Portugal.